O assaltante de banco e carro-forte Dionisío de Aquino Severo, 37, que já fugiu cinco vezes de presídios, é suspeito de ser um dos autores do seqüestro do comerciante Roberto Carlos Santiago Leal, 38, ocorrido na Praia do Francês, há cerca de um mês. Roberto Carlos, que é carioca, foi atacado por quatro homens que o colocaram em um Fiat Uno e sumiram com ele, que continua desaparecido. O Serviço Reservado da Polícia Civil descobriu que o passaporte de onde Roberto Carlos foi seqüestrado, às 21h, fica bem próximo à residência onde estava hospedado Dionísio e sua família. Segundo Juracéia Amélia da Silva, 31, esposa do desaparecido, Roberto Carlos fica uma temporada em Maceió e depois viaja para o Rio de Janeiro ou São Paulo. “O Roberto trabalha com pesca em alto mar e revende o produto para donos de restaurantes e bares. Há dez anos está nesta vida e em Maceió se instalou na Praia do Francês para facilitar seus trabalhos. O fato é que ele foi sequestrado e não tenho notícias dele” - lamenta Juracéia Amélia da Silva. O delegado da cidade de Marechal Deodoro, Renivaldo Batista, que investiga o seqüestro, ainda não tem pistas para esclarecer o que de fato ocorreu com Roberto Carlos Santiago Leal. A ligação de Dionísio de Aquino Severo com o sumiço do comerciante Roberto Carlos é pelo fato de o Francês ser atualmente uma espécie de colônia de cariocas e paulistas. Também porque aquela praia está na rota internacional do tráfico de drogas, conforme o então delegado de Repressão a Drogas (DRD), Jobson Cabral, com base em investigação. E pelo fato de ser de alta periculosidade, Dionísio está sendo investigado até mesmo como mentor do seqüestro do comerciante Roberto Carlos.