O secretário de Justiça, Jurandi Ferreira, confirmou, ontem, ter atendido à solicitação da comissão de presos e afastado o diretor de disciplina do Estabelecimento Prisional Baldomero Cavalcante, André Luiz Lopes, acusado de tortura e maus-tratos de detentos daquele presídio. Ele está sendo substituído por Luciano Gonçalves, que trabalhava no Centro de Ressocialização Masculino (CRM). O diretor-geral do Baldomero, Alexandro Paranhos, continua no cargo, garantiu o secretário, apesar de a comissão ter pedido seu afastamento. No entender de Jurandi Ferreira, o capitão Paranhos é uma pessoa capacitada para assumir o cargo, pois já integrou o setor de gerenciamento de crises da PM. O secretário anunciou que a rebelião, ocorrida na última segunda-feira, será investigada, através de sindicância, pelo coronel Urumatã Coelho. Acrescentou que o resultado será encaminhado ao juiz de Execuções, Domingos Neto, devendo ocorrer punições severas. Novo presídio No entender de Jurandi, uma das soluções para a crise e constantes rebeliões no sistema carcerário do Estado é a construção de um presídio de Regimento Disciplinar Diferenciado (RDD), nos moldes do presídio de Presidente Prudente (SP), onde se encontra o narcotraficante “Fernandinho Beira Mar”. Todos os presos que tumultuassem a tranqüilidade do sistema seriam recolhidos ao novo presídio, uma espécie de castigo. Um dos primeiros candidatos ao RDD é o detento Cícero Cirilo, o “Bab Boy”, responsável por dois motins.