O Tribunal de Justiça do Estado recebe, hoje, um pedido de habeas-corpus em favor do prefeito (afastado) de Satuba, Adalberon Moraes, que tem prisão preventiva decretada no processo da morte do assessor parlamentar Jeams Alves dos Santos – crime ocorrido em dezembro de 2002, naquele município da região metropolitana de Maceió. O pedido está sendo feito pelo advogado Welton Roberto, que alega demora na conclusão da instrução criminal, última fase das investigações da Justiça. Segundo ele, com o réu preso, o juiz Sérgio Persiano, da Comarca de Satuba, teria um prazo de 90 dias para concluir a instrução. Porém, o prefeito Adalberon já está recolhido ao Presídio Baldomero Cavalcanti há quase seis meses. Como não existe nenhum outro decreto de prisão contra ele, apesar de estar sendo processado pela morte do professor Paulo Henrique Costa Bandeira, o político deve ser colocado em liberdade, caso os desembargadores acatem à solicitação de Welton Roberto. O promotor Flávio Gomes Costa, representante do Ministério Público na Comarca de Satuba, esclareceu que o atraso na instrução criminal deveu-se à demora do exame balístico nas armas dos dois acusados da autoria material (os cabos PM Geraldo Augusto Santos da Silva e Ananias Oliveira Lima), requerida pela defesa em outubro do ano passado. Em janeiro deste ano, através de ofício assinado pelo perito José Geraldo Barros, o Instituto de Criminalística informou à Justiça não ter condições de atender ao pedido, porque faltava munição igual às que foram retiradas do cadáver de Jeams Alves dos Santos. Ontem pela manhã, Geraldo Barros declarou à GAZETA que, para realizar o exame, o instituto precisava de munições do tipo Silver Tip, que no momento a Secretaria de Defesa Social não dispõe.