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Nº 5759
Polícia

Assassinado l�der do PCC capturado em Alagoas

O assaltante paulista Dionízio de Aquino Severo, 37, um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), capturado pela polícia alagoana há uma semana na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, foi assassinado, ontem, a golpes de estile

Por | Edição do dia 11/04/2002 - Matéria atualizada em 11/04/2002 às 00h00

O assaltante paulista Dionízio de Aquino Severo, 37, um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), capturado pela polícia alagoana há uma semana na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, foi assassinado, ontem, a golpes de estilete por outros detentos, durante um princípio de rebelião na unidade 1 do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, zona leste de São Paulo. Dionízio de Aquino ficou hospedado em uma pousada no Francês durante 45 dias, onde articulou, juntamente com sua mulher, Sandra dos Anjos, 32, e um comparsa, José Carlos Barros, 47, o assalto a uma agência do banco Itaú, em Aracaju. Na ação, Dionízio contou com a ajuda de seu filho, Rodrigo Tadeu Stefanov Severo, 21, e de outro bandido paulista, Edmundo Massafero, 55, que estão detidos em uma delegacia especial em Sergipe. Durante sua apresentação à imprensa, no dia em que foi capturado, Dionízio de Aquino ameaçou de morte dois jornalistas alagoanos que tentaram entrevistar e fotografar sua esposa. “Eu estou preso, mas quando me libertar eu acerto as contas com você”, jurou o assaltante paulista. Após sua captura na Praia do Francês, o líder do PCC paulista foi transferido para a capital sergipana, onde prestou depoimento sobre o assalto à agência do Itaú. Dionízio teria dito, durante o interrogatório, que Alagoas seria o quartel-general do PCC no Nordeste. Transferido de Aracaju para São Paulo na última segunda-feira, Dionízio estava detido em uma ala destinada a presos ameaçados de morte, uma vez que havia dito à polícia paulista que sabia de detalhes do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel. O delegado de Taboão da Serra, Romeu Tuma Júnior, investiga uma possível conexão entre o resgate de Dionízio, feito por helicóptero, e o seqüestro e morte do prefeito de Santo André. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, o líder do PCC conversava com um advogado quando foi surpreendido por outros presos. Ele foi assassinado com golpes de estilete e teve o corpo arrastado por uma galeria da cadeia. Três funcionários do CDP foram feitos reféns, mas liberados sem ferimentos. O líder do PCC paulista é o principal personagem de uma das maiores fugas do sistema penitenciário brasileiro. No último dia 17 de janeiro, Dionízio de Aquino foi resgatado de helicóptero pelo filho, Rodrigo Severo, e por Cleyson Gomes de Souza do presídio José Parada Neto, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

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