O servidor público José Amaro denunciou, ontem, que assaltantes, armados de revólveres, estão atacando fiéis no Santuário Virgem dos Pobres, na Mangabeiras. Ele reclamou da falta de policiamento no local e alertou que uma funcionária da arquidiocese, identificada como Marilene, que vende objetos religiosos, vem sofrendo ameaças de morte, porque conhece os marginais. Há dez dias, um adolescente, de aproximadamente 17 anos, sem camisa e com um revólver na cintura, invadiu o santuário e roubou a bomba de água, que enchia a caixa de água benta. “A situação está difícil. É preciso que se adote providências, pois um lugar como aquele não pode ser inseguro”, declarou ele. A Polícia Militar manda policiais para o Santuário Virgem dos Pobres somente na primeira quarta-feira de cada mês, quando é realizada uma missa pelo monsenhor Pedro Teixeira. Assim que a celebração acaba, os militares vão embora. Muitas pessoas que costumavam visitar o local para fazer orações foram atacadas pelos assaltantes, que se escondem na favela, localizada por trás do santuário. “O clima é de medo naquele lugar de paz”, advertiu José Amaro. A funcionária Marilene, que costumava trabalhar até as 17 horas, agora fica até as 15 horas alegando que não se sente segura em descer a ladeira ou ficar sozinha na pequena loja, onde costuma vender imagens, terços e crucifixos, pois os bandidos não poupam nem o dinheiro arrecadado, quantia destinada à igreja. O servidor público prometeu solicitar a ajuda da Polícia Militar, além de denunciar os assaltos às delegacias da Criança e Adolescência e Roubos e Furtos.