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Nº 5791
Polícia

Policiais civis deflagram greve de 48 horas

BLEINE OLIVEIRA Os policiais civis de Alagoas entraram em greve à zero hora de hoje e só voltam ao trabalho no sábado, 20. A greve de 48 horas, decidida em assembléia realizada ontem, tem como objetivo forçar o governo a negociar com o Sindicato dos

Por | Edição do dia 18/03/2004 - Matéria atualizada em 18/03/2004 às 00h00

BLEINE OLIVEIRA Os policiais civis de Alagoas entraram em greve à zero hora de hoje e só voltam ao trabalho no sábado, 20. A greve de 48 horas, decidida em assembléia realizada ontem, tem como objetivo forçar o governo a negociar com o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) uma proposta de reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Dezenas de policiais participaram da assembléia, realizada no auditório do Sindicato dos Bancários. Muitos reclamaram da defasagem salarial, mas também da falta de treinamento e condições de trabalho. A categoria reivindica reajuste de 75% nos salários, adicional noturno, horas extras e outros benefícios. Intransigência Segundo o vice-presidente da entidade, Josimar Melo Santos, há vários meses o Sindpol vem tentando iniciar a negociação com o governo do Estado. “Tanto que protocolamos 22 pedidos de audiência com o governador Ronaldo Lessa ou com alguém com capacidade de decisão, sem que nenhum deles tenha sido respondido”, reclamou o sindicalista. Josimar vai mais longe ao afirmar que “a intransigência” do governo, aliada aos problemas que os policiais enfrentam, revoltou a categoria que decidiu pela paralisação. É uma greve de advertência para que Lessa inicie negociação com o Sindpol. Mas, se não houver qualquer reação, na quarta-feira, 23, os policiais se reunirão em nova assembléia, desta vez para decidir se fazem greve geral por tempo indeterminado. O vice-presidente do sindicato denuncia que policiais das delegacias distritais e das especializadas não receberam treinamento para utilizar armamento disponibilizado pela Secretaria de Defesa Social (SDS). Além desse problema, a categoria reclama que há agentes recebendo menos adicionais noturnos do que têm direito. Mobilizações Hoje, a categoria fará um ato público em frente ao Palácio do Governo, a partir das 9 horas, para cobrar a negociação da data-base. Também vão realizar uma panfletagem no Calçadão do Comércio para denunciar à população o que eles consideram o “caos” na área de segurança pública do Estado. Na panfletagem a categoria vai justificar a paralisação das atividades. Na próxima sexta-feira os policiais voltam às ruas em outro ato público, desta vez realizado em frente à sede da Secretaria da Fazenda. A concentração é às 9 horas. Na pauta de reivindicação, o Sindpol cobrará do governo melhores condições de trabalho, principalmente em relação à alimentação, alojamento e armamento e também à liberdade de trabalho sem interferência política. A reportagem da GAZETA tentou ouvir a versão do governo, mas não conseguiu contato com os secretários de Administração, Valter Oliveira, e do Gabinete Civil, Arnaldo Paiva. O governador Ronaldo Lessa estava ontem em Fortaleza (CE), num encontro com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

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