O delegado Cícero Lima reclamou, ontem, da superlotação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) de Maceió. Ele revelou que 43 presos de Justiça estão recolhidos em três celas, ressaltando que outros 20 foram transferidos para o sistema penitenciário, este mês, a maioria para o presídio Cyridião Durval. Existem presos que estão há mais de 20 dias na carceragem da DRF, sem direito a tomar banho de sol, receber visitas e até mesmo a alimentação decente, visto que as famílias precisam levar as refeições e, como muitos não são de Maceió, passam a depender dos colegas de cela para se alimentar. As condições de higiene dentro das celas são péssimas, pois é um espaço pequeno para muita gente, e fica ainda pior quando falta água, uma verdadeira questão de saúde pública. Os presos reclamam da proliferação de doenças e de parasitas como chato e piolho no local. Trabalho contínuo O delegado Cícero Lima está à frente da especializada há 23 dias e já encaminhou 73 inquéritos à Justiça e outros dez estão em andamento. Por exemplo, o que apura o assalto à Caixa, ocorrido em fevereiro passado. No entanto, o trabalho da especializada é contínuo, “pois é preciso abrir um procedimento para investigar cada queixa prestada”, admitiu ele. Os inquéritos levam cerca de 30 dias para ser concluídos e remetidos à Justiça, quando o delegado pode solicitar a transferência do preso para o sistema prisional. No caso de prisão em flagrante, o procedimento é mais rápido, leva apenas 10 dias. Por isto, a carceragem da DRF está sempre lotada. As celas da especializada foram projetadas para