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Viol�ncia: Delegacia da Mulher recebe 40 queixas por dia

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RÓDIO NOGUEIRA Cerca de quarenta queixas de violência contra a mulher vêm sendo registradas diariamente na Delegacia de Defesa da Mulher. As agressões são cometidas pelos esposos, companheiros, namorados, ex-companheiros, ex-namorados, pais, filhos, conhecidos e vizinhos. No entanto, o índice maior fica restrito aos maridos e ex-maridos. A delegada Maria Aparecida, com base nos Termos Circunstanciados abertos e instaurados pela Polícia Civil, relata que a situação é preocupante para a sociedade alagoana. Segundo Aparecida, a agressão maior contra a mulher é o cometimento do assassinato, e muitos ocorreram este ano em Alagoas. O mais recente ocorreu na cidade de Rio Largo, quando o trabalhador rural aposentado José Pereira da Silva, 64, matou a golpes de machado a esposa Áurea Maria da Conceição, 62. O crime, que abalou aquele município, faz parte da triste estatística da Polícia Civil alagoana. A delegada explicou que o criminoso, pai de 11 filhos com Áurea, disse que, na ocasião do crime, estava descontrolado e que não voltaria a cometer isto nunca mais. ?Temos nos arquivos dezenas de homicídios cometidos com base na mesma informação passada pelo senhor José Ferreira da Silva. No entanto, o grande número mesmo de assassinatos de mulheres é o polêmico crime passional. Este realmente cresce a cada dia em nível de Brasil. Nosso Estado efetivamente não poderia ficar fora desta realidade. Mas há sempre meios de se reduzir a violência contra a mulher, adotando-se medidas enérgicas e aplicando o que o Código Penal Brasileiro (CPB) determina?, explica Maria Aparecida, que chega a atender até 40 mulheres por dia, vítimas dos mais diversos tipos de violência. Em sua opinião, a estatística não aumenta porque muitas mulheres se mantêm caladas e preferem não denunciar o marido violento. Algumas, que fazem a denúncia, chegam a pedir para retirar a queixa porque precisa do marido para viver e cuidar dos filhos. ?Às vezes me assusta este tipo de comportamento, mas eu tenho que aplicar a lei. No dia seguinte, ela volta à delegacia com o marido preso, e, para me chocar, diz que não tem dinheiro para comprar comida. É na verdade profundamente triste esta realidade?, salienta Maria Aparecida.

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