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Nº 5759
Polícia

Bandidos migram e montam bases no Nordeste

A prisão de três assaltantes paulistas, integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em território alagoano vem confirmar as denúncias, em poder de representantes da cúpula da Secretaria de Defesa Social de Alagoas, de que bandidos do sul do País e

Por | Edição do dia 14/04/2002 - Matéria atualizada em 14/04/2002 às 00h00

A prisão de três assaltantes paulistas, integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), em território alagoano vem confirmar as denúncias, em poder de representantes da cúpula da Secretaria de Defesa Social de Alagoas, de que bandidos do sul do País estão migrando para o Nordeste com o objetivo de montar novas bases do crime e fugir à ação, cada vez mais enérgica, das polícias daquela região. Nos últimos quinze dias, foram capturados o marginal Dionísio Aquino Severo, na companhia de um cúmplice, José Carlos Barros, que estavam numa pousada na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, além de Rubens Ferreira Landim, que se encontrava escondido na casa de uma tia, em Arapiraca. Os três eram fugitivos de cadeias paulistas. Uma declaração do assaltante Dionísio Severo, que ao voltar para São Paulo, na semana passada, acabou assassinado numa rebelião de presos na Casa de Detenção Provisória do Belém, na zona leste da capital paulista, garantindo que cerca de sete mil membros do PCC estão espalhados pelo País, principalmente em Estados do Nordeste, preocupa o setor de segurança pública de Alagoas, que tenta levantar a veracidade da informação para montar estratégias de desmonte das ações. Confirmação O secretário Antônio Arecippo entende que, em primeiro lugar, é preciso confirmar se estes bandidos estão realmente refugiados no Nordeste. “É preciso sondar, com relação às informações, se as fontes merecem crédito para depois ter como verdadeiros os informes. Mas, independentemente de quais sejam as fontes, é certo que cabe aos órgãos de segurança o trabalho preventivo de observação e mapeamento dos pontos críticos no Estado, onde medidas sérias e eficazes possam ser adotadas, com a finalidade de atingir o objetivo, que no caso específico seria a prisão desses elementos”, afirmou. Arecippo citou como exemplo as ações executadas pela polícia alagoana, quando após o recebimento das primeiras notícias quanto à presença do integrante do PCC soube agir, com paciência, levantando dados, fazendo reconhecimento de área, até o momento final do desfecho, ou seja, a prisão dos assaltantes Dionísio Aquino Severo e José Carlos Barros, dois dias após terem assaltado uma agência do Banco Itaú em Sergipe. O secretário de Defesa Social de Alagoas salienta que ainda não dispomos de um serviço adequado e com precisão no que diz respeito ao processo de fiscalização e ao uso da moderna eletrônica, dos recursos que a informática possa oferecer para o desenvolvimento de um trabalho efetivo e mais eficaz no processo de identificação. “Conforme já mencionei em várias oportunidades, as instituições policiais Civil e Militar trabalham com informações que nos chegam, ou quando no trabalho acontece algo que chama a atenção das autoridades. Aí então, é posto em prática o trabalho investigativo. Todavia, diante de tantos fatos que vêm acontecendo nos últimos tempos em termos de violência (seqüestros, assaltos e assassinatos), a polícia em Alagoas vem tendo uma preocupação maior, tanto assim que temos desenvolvido várias ações em conjunto com as nossas polícias, conseguindo, nos últimos dois meses, desarticular algumas quadrilhas, com várias prisões, que foram noticiadas e divulgadas pela imprensa local”, declarou o secretário. Proposta O secretário Antônio Arecippo revelou que vai propor aos secretários congêneres do Nordeste uma reunião para discutir uma forma de combater a migração de bandidos do sul do País para esta região. “Na próxima semana, estaremos na cidade de Goiânia, onde presidiremos uma mesa de trabalho no II Fórum Nacional de Segurança Pública, e, este secretário, irá propor ao secretário da Paraíba, que preside o Conselho de Segurança Pública do Nordeste (Consene) que possamos sentar à mesa para que todos os secretários do Nordeste discutam a questão”, finalizou ele.

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