Polícia
Seq�estrador foragido h� tr�s anos � preso

EDNELSON FEITOSA A Polícia Civil recapturou, no último fim de semana, em Arapiraca, José Aílton da Silva, fugitivo do presídio São Leonardo desde 2001, onde cumpria pena de 12 anos de reclusão por crime de seqüestro. A prisão aconteceu quando ele estava num camarote assistindo a um show. José Aílton foi preso em 1992, acusado de planejar o seqüestro de Guilherme Alves Vital, filho do empresário Jadielson Vital, na época com 11 anos de idade. Segundo a polícia, este teria sido o primeiro seqüestro registrado em Alagoas. A vítima passou uma semana nas mãos de dois seqüestradores, mas acabou resgatada pela polícia sem o pagamento dos R$ 300 mil exigidos pelos bandidos. Guilherme foi levado da porta de sua residência, em Arapiraca, por três homens, quando se preparava para ir ao colégio. O seqüestro aconteceu no dia 4 de abril e foi investigado pelo delegado José Rangel, que indiciou José Aílton e seus cúmplices, Valmir Amorim dos Santos e Adelson Paizão de Lima, também condenados, que estão foragidos da Justiça alagoana. Cativeiro Na época, a prisão de José Aílton, que é sobrinho do empresário arapiraquense Severino da Bananeira, levou a polícia ao cativeiro de Guilherme, na Praia do Miaí, em Coruripe. Ailton deu a pista à polícia sobre a presença dos seqüestradores no local. Eles haviam sido contratados por um político da região para matar o juiz Severino Brito, hoje falecido. Como não conseguiram executar o juiz, eles não receberam o dinheiro da encomenda e, então, decidiram seqüestrar a criança, que foi levada de sua casa num veículo Gol roubado em Arapiraca. Foi o juiz Severino Brito, que também havia processado Bananeira por receptação de produto roubado, quem julgou o processo contra o sobrinho do empresário. Aílton acabou condenado a 12 anos de prisão, por envolvimento no seqüestro de Guilherme, e fugiu cerca de sete anos depois da sentença. Prisão O diretor-geral da Polícia Civil, Roberto Lisboa, informou que José Aílton foi preso após a polícia receber informações de que ele havia voltado para Arapiraca e passado a perseguir Guilherme, hoje com 23 anos, e seu pai, Jadielson. Jadielson temeu represálias contra o filho, pois a vítima havia reconhecido Aílton no processo. Por isso, denunciou a presença do seqüestrador na região.