Polícia
Juiz pede pris�o de policial acusado de crime

EDNELSON FEITOSA O juiz Daniel Aciolly decretou a prisão preventiva do policial civil Aquino Correia Japiassu, acusado da autoria material do assassinato do bancário Jario Pereira dos Santos, 43 anos, funcionário do Banco do Brasil (BB), executado com três tiros de revólver dentro do apartamento 102 do Edifício Daniela, no Stella Maris, na Jatiúca, onde morava. O crime aconteceu em junho passado. A viúva de Jario, Elieide Rodrigues dos Santos, 38, foi presa por policiais da delegacia do 2º Distrito, na tarde da última quinta-feira. O delegado Dalmo Lima Lopes informou ter indícios suficientes da participação dela no crime. Ontem, Elieide se recusou a falar à imprensa. O delegado disse que ela insiste em alegar inocência, dizendo não haver evidências de sua participação no assassinato de Jario. Foragido O policial Aquino está sendo considerado foragido da Justiça, pois não compareceu ontem ao local de trabalho, na Direção Geral da Polícia Civil, no Farol. ?Ele foi recolhido ao departamento, em virtude de acusações que pesam contra ele de envolvimento em outros problemas, que resultaram em abertura de sindicância?, informou um assessor do delegado Roberto Lisboa. Outra informação fornecida pela assessoria do diretor-geral da Polícia Civil é de que Aquino é um policial ?problemático?, que responde a processos administrativos que podem levá-lo à demissão do serviço público. A polícia confirmou as suspeitas sobre o policial civil após descobrir que ele estava tendo um relacionamento amoroso com a esposa do bancário assassinado. ?Quando ele for preso, será submetido a reconhecimento por parte de pessoas que viram quando o matador do bancário entrou no prédio?, declarou o delegado Dalmo Lopes, que considera a morte de Jario esclarecida. Suspeitas O reconhecimento pode ser prejudicado, admite o delegado, porque o autor do homicídio entrou no prédio onde Jario morava usando óculos, boné e um sobretudo, fato que levantou suspeitas do porteiro e do vizinho, mas não de Elieide, que permitiu sua entrada no prédio. Policiais do Tigre, o grupo de operações especiais da Polícia Civil, devem assumir a caçada com o objetivo de capturar o policial. Buscas devem ser realizadas em sua casa e em residências de parentes e amigos, em Maceió e no interior do Estado.