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Nº 5759
Polícia

Suspens�o de visita revolta familiares de presos

Dezenas de mulheres de presos foram surpreendidas na manhã de ontem, ao serem informadas de que as visitas estavam suspensas até segunda ordem por determinação da Secretaria de Justiça e Cidadania. Várias esposas de detentos grávidas passaram mal e fora

Por | Edição do dia 26/04/2002 - Matéria atualizada em 26/04/2002 às 00h00

Dezenas de mulheres de presos foram surpreendidas na manhã de ontem, ao serem informadas de que as visitas estavam suspensas até segunda ordem por determinação da Secretaria de Justiça e Cidadania. Várias esposas de detentos grávidas passaram mal e foram atendidas por amigos e parentes. Enquanto isto, cerca de 150 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e agentes do Tático Integrado de Operações Especiais (Tigre) realizavam uma verdadeira varredura no Baldomero Cavalcanti. Segundo relato da polícia, durante as revistas foram apreendidos dois serrotes e vários estiletes. Por volta das 11h55, o clima entre os parentes dos presos era de muita revolta e tristeza com o fato de a visita estar suspensa. Várias delas gritaram, protestaram e até ameaçaram realizar uma manifestação na porta da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc). Mas, segundo depois da agitação, a direção do presídio, na pessoa do coronel Erivan, mandou informar que a visita estava liberada. Assim que os policiais saíram das dependências da prisão as filas foram formadas e o acesso aos módulos foi autorizado sem ocorrer incidentes. Os reeducandos José Lamenha dos Santos e Edmilson Gomes, os dois fugitivos recapturados ainda na noite da quarta-feira e recolhidos na cela de castigo, não receberam visitas. Uma guarnição da Cavalaria da Polícia Militar de Alagoas também participou do trabalho de revista aos módulos e foi muito criticada pelos parentes dos detentos que temiam um confronto com muitas mortes. No entanto, a todo tempo a assessoria da secretaria informava que a revista é um ato natural por que alguns presos estavam agitados com a grande mobilização de policiais. A polícia informou que no dia das fugas dos 23 detentos foram usadas várias granadas de efeito moral (lacrimogêneo) para evitar que outros presos fugissem.

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