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AL registrou 519 homic�dios de jovens em 2004

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CARLA SERQUEIRA O Mapa da Violência elaborado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos constatou, em Alagoas, 519 homicídios de adolescentes com idades entre 15 e 24 anos, em 2004, sendo 220 só na capital. Em 2003, foram registrados pela Frente de Defesa da Criança e do Adolescente 360 assassinatos de jovens com até 25 anos. Deste total, 286 foram vítimas de arma de fogo, 45 de armas brancas e 29 por pedradas e pauladas. O Núcleo Temático da Criança e do Adolescente da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), considerado uma referência em pesquisa sobre violência infanto-juvenil, disponibilizou dados que impressionam ainda mais. Durante a década de 90, o núcleo constatou que 46% das crianças, em Maceió, na faixa etária de 3 a 11 anos, foram inseridas de forma precoce no espaço urbano. “São crianças que tiveram sua infância interrompida e vivem nas ruas, expostas à violência”, avalia Cláudia Malta, psicóloga e pesquisadora do Núcleo. Em 2002, segundo a pesquisadora, existiam 1.019 meninos nas ruas, alguns trabalhando como engraxates, limpadores de pára-brisas e carregadores, outros esmolando e cheirando cola. Deste total, 159 vivem permanentemente nas ruas. O secretário de Cidadania e Direitos Humanos de Alagoas, José Roberto, afirma que “o maior impasse com os meninos de rua é onde colocá-los. Eu acredito que a solução é evitar que essas crianças cheguem às ruas, e para isso deve haver uma ação conjunta de todas as secretarias”. O secretário reconhece que a solução para o problema “é só uma questão de vontade política”.

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