Polícia
Laudo sobre morte de jovem sai hoje

BLEINE OLIVEIRA Repórter Mesmo depois de ouvir mais de 20 pessoas, o delegado de Murici, José Robson Coutinho Medeiros, diz ainda não ter pistas suficientes para esclarecer a morte da adolescente Juliana Cassiano da Silva, de 17 anos. O corpo da jovem foi encontrado nas margens do Rio Mundaú, seminu, na manhã da última terça-feira, 12. Juliana desapareceu de casa, localizada num bairro pobre, na periferia da cidade, na noite de domingo, 10, depois de passar algumas horas num bar nas proximidades de sua residência. Para o delegado, não há elementos suficientes para indiciar qualquer pessoa. Mas Robson Coutinho garante que as investigações continuarão até que a polícia possa dizer se a jovem foi estuprada e em seguida assassinada, como afirmam seus familiares, ou se morreu afogada acidentalmente. Ele espera receber hoje o laudo do Instituto Médico Legal, que vai revelar o que provocou a morte de Juliana Cassiano. Estive com o dr. Gérson Odilon (perito do Instituto de Criminalística) a quem pedi uma perícia aprofundada - afirma o delegado, explicando que assim poderá seguir novas linhas de investigação. Preventiva Sobre a possibilidade de pedir à Justiça a prisão preventiva de Fausto Batista Neto, 18, filho do ex-vereador e candidato a prefeito derrotado nas últimas eleições, Fausto Cardoso, o delegado diz que só há suposições não comprovadas. Faustino é apontado pela família da adolescente como um dos suspeitos de sua morte. Não há como pedir a prisão sem mostrar o envolvimento dele ou de qualquer outra pessoa - acrescentou Robson Coutinho. Os familiares de Juliana Cassiano se mostram revoltados com a situação. Eles não têm dúvidas de que a adolescente foi assassinada. Ela não bebia, mas foi obrigada a beber pelas pessoas que a levaram ao bar. E por que seu corpo estava nu? - indaga José Petrúcio da Silva, irmão da adolescente. Para ele e suas três outras irmãs, uma das pessoas que podem explicar o que aconteceu é Rita de Cássia dos Santos, de 21 anos, com quem Juliana passou as últimas horas antes de morrer. Ela já prestou depoimento à polícia, mas disse apenas que a jovem bebeu e, quando estava embriagada, foi levada até a entrada da Vila do Genildo, onde morava. Segundo o relato, Faustino teria dançado com Juliana no bar do seu Tonho, no centro de Murici. Por volta das 23h, Juliana e a amiga Rita de Cássia resolveram ir para casa. Segundo relato de Rita à polícia, Juliana disse que ia tomar banho e dormir, chegando a colocar a toalha nos ombros. Rita disse que esta foi a última vez que esteve com Juliana. O delegado, que vai solicitar exame de corpo de delito em algumas pessoas, pede que se alguém viu o que ocorreu com Juliana ou tem informação que possa ajudar à polícia, informe pelo telefone 286-1497.