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Nº 5759
Polícia

Tenente PM � morto dentro de �nibus ao reagir a assalto

O tenente PM José André do Nascimento, 28, destacado no 9º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Delmiro Gouveia, foi executado em tiroteio com três assaltantes, na noite da última quarta-feira, quando o ônibus em que viajava foi atacado pelos bandido

Por | Edição do dia 03/05/2002 - Matéria atualizada em 03/05/2002 às 00h00

O tenente PM José André do Nascimento, 28, destacado no 9º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Delmiro Gouveia, foi executado em tiroteio com três assaltantes, na noite da última quarta-feira, quando o ônibus em que viajava foi atacado pelos bandidos, num trecho da Rodovia AL-220, próximo à estrada de acesso ao município de Olivença, distante 194 quilômetros de Maceió. Ele foi atingido por três projéteis, uma das balas atingiu o coração. O oficial da Polícia Militar apanhou o ônibus da Real Alagoas (Maceió/Delmiro Gouveia), por volta das 18 horas, no Terminal Rodoviário João Paulo II, no Feitosa. Já os ladrões iniciaram a viagem a partir do município de Dois Riachos. O assalto foi anunciado por volta de 22h30, nas imediações da estrada de acesso a Olivença, em Olho D’Água das Flores. Ao perceber a ação dos delinqüentes, André, que estava fardado, reagiu. Na troca de tiros, o tenente foi baleado, mas atingiu um dos ladrões que empreenderam fuga. O oficial morreu logo em seguida. O tenente coronel Clesivaldo, do Comando de Policiamento do Interior (CPAI), mandou montar uma operação envolvendo policiais dos dois batalhões com sede no sertão alagoano. No início da manhã de ontem, os irmãos Natalício Souza Vieira Filho, 25, e Adeval de Souza Vieira, 22, foram presos no Sítio Salgadinho, em São José da Tapera, e reconhecidos por cinco dos passageiros do ônibus assaltado. Eles confirmaram que o terceiro bandido era seu irmão, José de Souza Vieira, que se encontra foragido. José André é o segundo militar que morre em tiroteio com assaltantes de ônibus nas estradas de Alagoas. Há dois meses, o cabo Lopes foi morto a tiros em São Sebastião. Corpo é velado no quartel do Comando Geral O corpo do tenente José André do Nascimento, executado por assaltantes no sertão do Estado, foi velado com honras militares no salão nobre do quartel do Comando Geral da PM, onde permaneceu do meio-dia até às 16 horas, quando foi trasladado para ser sepultado no Cemitério de São Luiz, no Tabuleiro do Martins. O clima era de revolta entre os colegas de farda pela forma como o militar foi atacado e assassinado. “Ele morreu porque estava fardado”, comentou um oficial, acrescentando que muitos PMs deixaram de usar farda nos deslocamentos ao Interior, em virtude dos assaltos. A farda garante a gratuidade nas viagens. Pelo que os militares conseguiram levantar junto às testemunhas, o tenente José André foi alvejado com um tiro antes mesmo de esboçar reação. “Quando atirou contra os assaltantes, ele já estava baleado”, declarou um sargento, que tinha acabado de chegar do sertão, onde tinha participado da captura dos dois bandidos, responsáveis pela morte do oficial. O comandante-geral da Polícia Militar, Ronaldo dos Santos, afirmou que a PM cumpriu seu dever, quando localizou e prendeu os matadores do oficial, autuados em flagrante pelo delegado Regional de Santana do Ipanema, Milton Gomes. Ele afirmou que as diligências devem prosseguir até que o terceiro envolvido seja preso. “Os comandos dos dois batalhões da PM na região estão orientados para isto”, concluiu.

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