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Agentes v�o depor sobre tiros e mortes

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MARCOS RODRIGUES Repórter A apuração das duas mortes ocorridas no presídio Rubens Quintella, dia 11 de junho, já tem novos fatos. Na próxima semana, o presidente do inquérito delegado Denisson Albuquerque irá analisar as informações obtidas com o depoimento do diretor da unidade, José Francisco Lima, e confirmar a necessidade de convocação de todos os agentes que estiveram de plantão no dia da rebelião. “Antes disso já solicitei os laudos do IML sobre as duas mortes ocorridas. Já sabemos que não houve confronto, porém os mortos foram vítimas de tiros”, comentou o delegado. Na semana passada o diretor da unidade, José Francisco Lima, eximiu-se de qualquer responsabilidade, alegando que não estava no presídio no momento da rebelião, que deixou 14 feridos. “Ele contou que foi chamado depois do início do tumulto e que antes disso não havia determinado nenhuma invasão”, disse Denisson. Perícia Como ocorreu danos ao patrimônio, Denisson disse também que já foi solicitada uma perícia no local onde se iniciou o motim. O depoimento do secretário de Ressocialização, advogado Walter Gama, também é considerado estratégico. Segundo o delegado, o principal objetivo é obter detalhes da atuação do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP), acusado de ter agido com violência, durante uma revista na unidade. A Gazeta tentou ouvir o secretário Walter Gama, mas ele não foi localizado. ### Delegado também investiga espancamento e torturas O foco das investigações da rebelião do presídio Rubens Quintella não inclue apenas levantamentos do dia 11, data em que o presídio “virou”, como dizem os reeducandos. De acordo com informações fornecidas por parentes dos presos à Comissão Estadual de Direitos Humanos, a rebelião foi uma resposta ao espancamento ocorrido no dia 4 de junho. “O diretor confirmou que foi realizada uma revista para localizar armas e drogas. Porém ele não detalhou como foi a ação. Nós, entretanto, soubemos que ocorreram espancamentos e raspagem de cabelo de forma generalizada”, acrescentou o delegado Denisson Albuquerque. Motivos A cada passo da investigação, novos fatos têm surgido. O primeiro, segundo o delegado, é o de que os reeducandos se rebelaram por não terem atendidas suas reivindicações de visitas íntimas. Um outro dado é o de que, no dia 11, a falta de água foi o estopim para o início da rebelião. Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos e vice- presidente da OAB, advogado Everaldo Patriota, as agressões promovidas pelo GAP precisam ser apuradas. Ele acompanhou o depoimento do diretor José Francisco Lima. Desde que soube das agressões, uma semana antes da rebelião, Everaldo Patriota já havia feito gestões junto ao secretário Walter Gama para a instalação de uma sindicância para apurar os excessos que tenham sido cometidos. O resultado das investigações internas, ainda, não foi divulgado. No dia da rebelião, os reeducandos voltaram a denunciar os espancamentos promovidos pelo GAP. O grupo não interveio para contê-los e desde o ocorrido está com suas atividades suspensas. Mesmo sem terem sido os responsáveis pela morte dos reeducandos, os integrantes da unidade, que estiveram de plantão no dia da revista, também, poderão ser convocados para prestar esclarecimentos. |MR

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