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quinta-feira, 27/03/2025 | Ano | Nº 5932
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Per�cia conclui que houve neglig�ncia

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EDNELSON FEITOSA Repórter Os peritos do Instituto de Criminalística (IC) identificaram irregularidades na estrutura do palco montado pela firma CNB, de propriedade do empresário Cristiano Bezerra do Nascimento, de onde se desprendeu uma placa de madeira e metal com mais de 100 quilos, matando a menina Mariana Tenório, de 9 anos. O acidente ocorreu no último dia 11 de junho. A perícia concluiu que houve negligência. Na manhã de ontem, a delegada de Crimes Contra a Criança, Ana Luiza Nogueira, indiciou o empresário em inquérito, por crime de homicídio culposo, que pode resultar numa pena de 1 a 3 anos de prisão. Segundo a delegada, 15 pessoas foram ouvidas como testemunha do fato, ocorrido num palhoção no Conjunto Salvador Lira, no Tabuleiro do Martins, e ratificaram o que ficou evidente no laudo da perícia técnica. “Vou relatar, hoje à noite, e encaminho o inquérito à Justiça, amanhã”, garantiu Ana Luiza. A delegada advertiu que muito embora Cristiano tenha afirmado que todo serviço de montagem do palco tenha sido terceirizado, as testemunhas declararam que a informação é verdadeira apenas em parte. “Ele terceirizou os materiais, mas a montagem ficou por conta de sua empresa”, destacou a presidente do inquérito. Para os peritos, faltou isolamento na obra, com um agravante: a estrutura estava de pé, mesmo sem estar afixada, pois faltavam os parafusos da placa de madeira que caiu sobre Mariana Tenório. Voltou a se defender O empresário Cristiano Bezerra, da CBN Eventos, voltou a se defender ontem, durante interrogatório prestado à delegada Ana Luiza. Declarou-se inocente quanto a montagem do palco, mais uma vez. Ele afirmou que não apenas o material foi terceirizado, mas todo trabalho. Inclusive, apresentou um contrato assinado por outra empresa como encarregada pela estrutura que desabou. O advogado Júlio César Cavalcante, que defende Cristiano, afirmou que os verdadeiros responsáveis estão se eximindo de culpa. “Tenho certeza de que houve negligência. No entanto, não foi do meu cliente”, completou ele.

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