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segunda-feira, 17/03/2025 | Ano | Nº 5924
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Medo faz fam�lia calar sobre queda

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Regina Carvalho Repórter Silêncio e medo prevalecem na humilde residência do pescador Josival Antonio dos Santos, no bairro Virgem dos Pobres. “Ele está traumatizado e tem, inclusive, recusado-se a ir à Unidade de Emergência para receber atendimento médico”, declarou a mãe de Josival, Maria Cícera Valério. A atitude tomada por Maria Cícera a partir da última terça-feira, quando Josival declarou que teria caído do Estádio Rei Pelé é bem diferente de quando o assunto começou a ser abordado com mais destaque pela imprensa. Antes, ela conversava abertamente com jornalistas e chegou até a pedir ajuda para o filho. Agora Maria Cícera está acuada e pede a todo momento para que os meios de comunicação esqueçam o que aconteceu com seu filho. A mãe de Josival apenas quebra o silêncio quando fala no estado de saúde da vítima, que caiu do piso do estádio no dia 26 de junho. “Sábado ele fez outra cirurgia no maxilar e ainda está se recuperando. Nesse momento, apenas quero a saúde dele. Prefiro não falar mais sobre esse assunto. Tudo já foi dito ao delegado”, acrescentou Maria Cícera. Mostrando a casa humilde e falando das dificuldades financeiras que tem enfrentado, Maria Cícera disse que sua filha grávida de quase nove meses teve princípio de eclampsia por causa dos últimos acontecimentos envolvendo Josival. “Estou muito preocupada com a minha filha, que tem sofrido com essa situação. Graças a Deus todos daqui do bairro gostam muito de Josival. A comunidade tem ajudado na compra de remédio para o tratamento”, enfatizou . Novos testemunhos De acordo com o delegado Carlos Alberto Reis, que preside o inquérito que apura a queda de Josival, o caso ainda não está encerrado. “Apesar dessa reviravolta no caso, ainda vou analisar toda a documentação que tenho em mãos, para ver qual o novo rumo que vou tomar”, afirmou Reis. Ele acrescentou ainda que vai ouvir novas testemunhas. “Não vou engolir essa história a seco assim. Ainda vou analisar como muita cautela esse inquérito”, disse o delegado. Dos três indiciamentos feitos por Carlos Alberto Reis, prevalece apenas o do gráfico José Avanildo dos Santos, porque segundo testemunhas ele teria feito abordagens a torcedores durante o jogo entre o Bandeirante e CSA. “Resta a gente saber como foi essa abordagem às pessoas que estavam maiando. Se houve violência ou não”, acrescentou. Carlos Alberto também não descarta a possiblidade da família de Josival está temendo algum tipo de represália. “Por isso mesmo as investigações continuam”, concluiu.

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