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Ju�za mant�m a preventiva de acusado

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REGINA CARVALHO Repórter Muricí - A juíza Aída Cristina Antunes, da Comarca de Murici, resolveu ontem manter a prisão preventiva de Jadson Cansanção da Silva, preso há uma semana no presídio Rubens Quintella, em Maceió. Ele é acusado de participar do assassinato de Juliana Cassiano da Silva, 16 anos, morta por estrangulamento há quatro meses. O advogado de Jadson, Raimundo Palmeira, informou que vai entrar ainda hoje com habeas-corpus. “Ele é réu primário, tem bom antecedente e não fugiu, mesmo sabendo que sua prisão preventiva havia sido decretada”, alegou o advogado. Fausto Cardoso Batista Neto, o Faustinho, e Rita de Cássia dos Santos também estão com prisão preventiva decretada. “Eles hoje estão na condição de foragidos da justiça. Tem dois mandados de prisão para serem cumpridos pela polícia”, acrescentou o promotor Napoleão Franco. Jadson Cansanção é funcionário do empresário do jogo de bicho Plínio Batista e amigo de Faustinho, que é filho do ex-vereador Fausto Cardoso e sobrinho do empresário. Raimundo Palmeira, que também é advogado de Faustinho, informou que o acusado saiu da cidade antes da juíza decretar a prisão preventiva. O promotor Napoleão Franco ressaltou que Rita, antes considerada apenas uma testemunha do caso, passou para a condição de acusada porque apresentou contradições nos depoimentos prestados à polícia e ao próprio Ministério Público (MP). “Ela entra nesse caso como partícipe do crime”, ressaltou Franco. Ele acrescenta que pelo menos oito testemunhas serão ouvidas pelo Ministério Público e confirma que o crime chocou os moradores de Murici. “Vamos manter o máximo de distanciamento político nesse caso”, destacou o promotor. interferência política A tese defendida pela família de Faustinho de que houve interferência política na condução do inquérito policial também é defendida pelo advogado Raimundo Palmeira. “Há um clima político forte aqui. Desde o começo houve um direcionamento para culpar Faustinho e Jadson. Agora está fora dos burburinhos políticos, pois a apuração está com a justiça”, informou o advogado. Enquanto saía a decisão da justiça sobre a prisão preventiva de Jadson, parentes do acusado permaneceram dentro do fórum, negando qualquer envolvimento dele na morte de Juliana. Cícera Cassiano da Silva, mãe da vítima, e o tio José Firmino esperaram em frente ao prédio e pediram justiça no caso. Plínio Batista acompanhou de longe a decisão da juíza Aída Cristina Antunes. Ele foi a Murici em companhia do advogado Raimundo Palmeira, que disse à imprensa que Faustinho não irá se entregar essa semana. “Vou conversar com ele e ver como a gente resolve”, disse o advogado. Napoleão Franco disse ainda que Jadson manteve o mesmo depoimento dado à polícia e negou a participação no crime. Desde o desaparecimento de Juliana Cassiano, no dia 10 de abril, que parentes apontam Fausto como responsável pelo crime. As testemunhas ouvidas pelo delegado Élvio Brasil, que preside o inquérito, disseram que foram vítimas de maus tratos promovidos pelo acusado. O delegado acredita que Juliana foi morta porque teria se recusado a ter relações sexuais com Faustinho e Jadson e também ameaçado contar que teria sido vítima de maus tratos. O promotor disse que as informações contidas no inquérito policial foram suficientes para oferecer denúncia.

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