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Pol�cia apura morte de beb� sufocado

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| EDNELSON FEITOSa Repórter Tristeza e desespero marcaram ontem o velório do bebê Douglas dos Santos, de 8 meses, que morreu sufocado com uma camisinha na garganta, na última segunda-feira. A mãe, Rita de Cássia de Souza dos Santos, 26, não se conformava e, desesperada, questionava o motivo de uma morte tão prematura. Ele era o seu quarto filho. O pai, José Correia dos Santos, 43, que trabalha como eletricista de automóvel, preferiu não culpar ninguém e falava em fatalidade. A avó de Douglas, Maria José Barbosa, mãe de Rita de Cássia, afirmou que sua neta de cinco anos pegou um envelope de camisinha na bolsa da mãe, retirou, encheu de ar e ficou brincando com o irmão, como se fosse uma bola de soprar (bexiga). Ninguém percebeu que, logo em seguida, ela abandonou a brincadeira e deixou Douglas sozinho. “Nós só percebemos que a camisinha havia estourado, quando a criança já estava engasgada e ficando roxa”, revelou a avó. A vítima foi levada para o minipronto-socorro do Tabuleiro do Martins pelas tias Cleide Correia dos Santos e Elisângela Correia dos Santos. No entanto, chegou em óbito. Os médicos perceberam que não tinha sido uma morte natural e encaminharam o corpo para o IML, logo após retirarem parte do preservativo, que estava preso na garganta do menino. CULPA DE QUEM? Segundo o escrivão do IML, Valdenir Vanderlei, a médica Maria Luiza constatou que Douglas morreu asfixiado pela camisinha. “Ele ainda tentava respirar quando saiu daqui, mas não conseguia”, alegou o tio Fabrício da Silva, 20. Segundo ele, sua irmã apanhava os preservativos no posto de saúde, sempre que precisava. No entender de José Correia, pai de Douglas, não há como responsabilizar alguém, pois ele estava brincando com a irmã, uma criança de cinco anos. “Foi uma fatalidade”, declarou ele, revelando que o bebê era seu quarto filho de seu segundo casamento. O corpo de Douglas foi velado na Travessa Codeal e sepultado no final da manhã de ontem, no cemitério de São Luiz, no Tabuleiro do Martins. O chefe do Setor de Operações da Delegacia dos Crimes contra Crianças, Ednildo Macena, informou que já procurou a família para fazer um Boletim de Ocorrência, com o objetivo de apurar o episódio, por meio de inquérito policial. Ele admitiu que alguém pode ser responsabilizado pela morte do garoto, caso se conclua que houve crime de homicídio (culposo), por imprudência ou negligência da família.

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