Delegado trabalha linha de crime passional

| REGINA CARVALHO Repórter O ex-prefeito de Satuba, Zezito Costa, e o genro dele, Guilherme dos Santos, foram ouvidos ontem pelo delegado Claudemiltkson Benemarcan, que preside o inquérito que apura a morte de Carlos André Fernandes dos Santos, no dia 4 deste mês. Eles foram citados durante o depoimento da mãe da vítima, Marinete Fernandes dos Santos. O delegado informou que os depoimentos não foram esclarecedores e acrescentaram pouco às investigações. “O ex-prefeito disse que não sabia de nada e que até gostava do Carlos André. Não acrescentou em nada pelo que apuramos até agora”, declarou Benemarcan. Sobre o suposto envolvimento amoroso da vítima com Fátima Pedrosa, ex-esposa do ex-prefeito de Satuba, Adalberon Moraes, eles disseram em depoimento que apenas sabiam da informação a partir de comentários de moradores da cidade. “Em nenhum momento, eles confirmaram esse fato. Apenas que sabiam desse relacionamento através de outras pessoas”, informou Benemarcan. Citado no depoimento da mãe de Carlos como pessoa que teve desentendimento com seu filho, Guilherme admitiu à polícia que chegou a discutir com a vítima por causa de divergências políticas. “Ele me disse apenas que não foi um problema sério”, acrescentou o delegado. Hoje pela manhã, Claudemiltkson Benemarcan vai ouvir um amigo de Carlos André, de nome não divulgado. Segundo o delegado, ele foi uma das últimas pessoas a falar, por telefone, com a vítima no dia do crime. Segundo informações da polícia, Fátima Pedrosa será ouvida na próxima semana. “Hoje já posso dizer que existia um motivo para a morte dele, porque pelas pessoas que ouvi até agora ele era uma pessoa tranqüila e boa, que trabalhava exclusivamente na prefeitura e para a Fátima”, disse o delegado, admitindo que a linha a ser investigada será a de crime passional. O ex-prefeito Zezito Costa assumiu a vaga deixada por Adalberon Moraes, quando ele foi preso e encaminhado ao Presídio Baldomero Cavalcanti, acusado de envolvimento em dois homicídios. O delegado admitiu que vai pedir prorrogação para a conclusão do inquérito e que depois de ouvir todas as testemunhas, vai tomar o depoimento de Adalberon Moraes. “Ainda vou ouvir muita gente”, adiantou Benemarcan.