Polícia
Pol�cia busca ex-amante suspeito

Patrícia Maria da Silva, 22 anos, foi identificada como a mulher encontrada morta num quarto do Motel Havaí, no Feitosa. Segundo o Intituto Médico Legal (IML), ela foi morta por asfixia mecânica - sufocada ou estrangulada - e o principal suspeito é o ex-amante, identificado apenas por Carlos, que está foragido. O crime ocorreu na semana passada e está sendo investigado pelo delegado do 9º Distrito, Antônio Monteiro de Souza Filho. A identificação do cadáver foi feita por Maria Cícera da Silva, mãe de Patrícia. Ela esteve na tarde da última segunda-feira no IML. Ela tinha me prometido ir em casa na quarta-feira. Como não apareceu e ninguém dava notícias dela, fiquei preocupada. Foi então que me contaram que havia o corpo de uma moça não identificada no IML, revelou dona Maria. Ela afirmou que precisou de muita coragem para entrar na sala de necropsia para o reconhecimento. Foi difícil, mas eu precisava fazer aquilo, declarou Maria, que tem outras três filhas, a mais nova com 19 anos. O corpo de Patrícia foi sepultado no início da noite de segunda-feira, no cemitério de Messias. Na manhã de ontem, policiais da Delegacia do 9º Distrito, sob o comando do chefe do Setor de Operações, policial Carlos Caetano Alves, estiveram realizando diligências em Messias, onde descobriram que Carlos tem parentes em Rio Largo. Os policiais interrogaram o padrasto de Patrícia, Nivaldo Agrício Alaíde, 51, e uma das irmãs, Adriana da Silva, 19, que confirmaram ser Carlos um homem branco, que usa cabelos longos (presos) e sempre está de boné, características informadas no início das investigações por funcionários do motel como sendo do homem que entrou com ela no quarto. Ele deixou o local dizendo que iria comprar uma quentinha. O delegado Antônio Monteiro de Souza Filho informou que vai aprofundar as investigações e pode, inclusive, pedir a prisão preventiva do ex-amante da vítima. |EF ### Após separação conturbada, casal chegou a viver junto Maria Cícera revelou que sua filha conheceu Carlos no ano passado, passando a ter um relacionamento amoroso com ele. No começo deste ano, Carlos e Patrícia começaram a viver juntos, morando numa casa no bairro do Feitosa. Minha outra filha, que também mora no bairro, assistia ao sofrimento dela. Ele batia e mantinha minha filha presa, como se fosse um cativeiro, informou. Dona Maria declarou também que Carlos sempre judiava de sua filha e tentou estrangulá-la. Ele, com ciúmes, agarrou a Patrícia pelo pescoço para matá-la, continuou a mãe, foi por isto que eles se separaram. O fato teria ocorrido há pouco mais de um mês. Desde então, a Patrícia passou a ser perseguida por ele. Não tinha sossego. Certa vez, ele telefonou chorando e dizendo que estava ficando louco, que não agüentava a separação. Minha filha disse que iria embora para o Mato Grosso, morar com o irmão; então ele afirmou que se ela não ficasse com ele, não ficaria com ninguém, assegurou dona Maria. A polícia levantou que, há dez dias, Patrícia foi trabalhar como garçonete de um bar, conhecido como Bar da Vitória, localizado na Jatiúca, levada por um taxista, identificado pelo número de um celular que estava na bermuda que ela vestia quando foi assassinada. Amigas de Patrícia declararam à polícia ter visto algumas vezes Carlos importunando a vítima no trabalho. Inclusive, ele teria chegado de moto na véspera do crime e conversado com ela, provavelmente marcando o encontro que resultaria em sua morte. |EF