Polícia
Banc�ria denuncia seq�estro e estupro

| BLEINE OLIVEIRA Repórter O delegado Valdir Silva de Carvalho, que responde pelo 2º Distrito Policial, continua investigando os fatos relacionados à denúncia feita pela bancária N.S., de 23 anos, de que foi seqüestrada e estuprada pelo ex-namorado, o corretor de automóveis Júlio César Almeida de Oliveira. O delegado revelou à Gazeta que para enviar o inquérito à Justiça são necessários ainda vários depoimentos, entre eles o de um capitão da Polícia Militar que teria ido ao Recife com o marido de N.S, para trazê-la de volta a Maceió. A bancária denunciou que foi seqüestrada de seu apartamento por Júlio César, no início da noite do último dia 13, e levada para um motel, na capital pernambucana, sempre sob a mira de um revólver. Ao tentar reagir ao seqüestro, o marido da jovem, I.J.S, sofreu lesão corporal praticada por Júlio César, que, segundo o delegado Valdir Carvalho, deverá responder pelos crimes de seqüestro e lesão corporal. A história A bancária disse no depoimento que há cerca de dois anos namorou Júlio César por três meses. Após o fim do relacionamento, N. decidiu morar com I., com quem já havia namorado. Os dois foram amigos e atuam no mesmo ramo, de venda de veículos. Segundo N., desde o fim do namoro Júlio César ligava freqüentemente para sua casa, seu trabalho e seu telefone celular, fazendo o mesmo em relação ao companheiro com quem ela passara a viver. As ligações eram para fazer ameaças, inclusive de morte. No dia do seqüestro, de acordo com N., Júlio César ligara insistentemente e, mais uma vez, voltou a ameaçar matá-la. Desta vez disse ainda que a queria e, se ela não voltasse a namorá-lo, iria matá-la e suicidar-se. Depois de se recusar a atender os telefonemas, a bancária se surpreendeu com o toque da campainha e a entrada brusca de Júlio César, que travou luta corporal com I., que também estava chegando ao apartamento. No depoimento, N., diz que não conseguiu impedir a entrada do acusado e que este, usando o revólver, lhe obrigou a entrar em um veículo estacionado fora do condomínio e seguir com ele até Recife. O delegado Carvalho disse que Júlio César negou as acusações. Identificamos contradições entre alguns fatos relatados pela vítima e o depoimento de testemunhas, afirma Carvalho. Mas ele diz que está convicto de que, ao final do inquérito, pedirá o indiciamento do acusado por seqüestro e lesão corporal. Júlio César, que está em liberdade condicional, deve ser julgado em dezembro, por tentar matar uma ex-namorada que se recusou a reatar a relação. O acusado já responde a processo por tentativa de homicídio.