Polícia
Policiais grevistas ter�o ponto cortado

| EDNELSON FEITOSA Repórter Os policiais civis em greve perderam um round contra o governo do Estado. O juiz Cláudio José Gomes Lopes, da 18ª Vara Cível da Capital, declarou legal a greve da Polícia Civil, deflagrada pela categoria há duas semanas, mas autorizou o desconto dos dias parados. O magistrado também rejeitou pedido de penalidade pecuniária contra o sindicato. O presidente do Sindicato da Polícia Civil (Sindpol), Carlos Jorge da Rocha, encarou com naturalidade a decisão judicial e ressaltou o esforço em atender os preceitos legais da greve. Estamos garantindo os trinta por cento referentes aos serviços essenciais, disse. Os grevistas realizam hoje uma mobilização na frente da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Considerados especiais, os policiais da DRF têm subsídios maiores do que os operacionais, podendo chegar a 40% a mais, e não aderiram ao movimento do Sindpol. Queremos sensibilizar todos os policiais para a importância da greve, visto que não estamos somente reivindicando equiparação com os especiais. Temos uma pauta maior, disse. MUDANÇAS NA SDS O presidente do Sindpol informou que as mudanças na Secretaria de Defesa Social (SDS) em nada afetam o movimento grevista. Nós temos bom contato com o delegado Robervaldo Davino. Entendemos porém, que ele não tem a chave do cofre. Quem tem é o governador, frisou Carlos Jorge. Davino deixou ontem o comando da SDS e assumiu a direção-geral da Polícia Civil. Os policiais esperam marcar uma reunião com o governo do Estado, para discutir a data-base, equiparação entre os especiais e os operacionais, além de reajuste salarial.