Polícia
Guerra de policiais: mais dois v�o a j�ri

| Ednelson Feitosa Repórter O policial civil José Alfredo Souza Pontes, o ?Alfredinho?, e o ex-PM Josué Teixeira da Silva, o ?Teixeira?, expulso da Polícia Militar por envolvimento em crimes, serão submetidos a júri popular no próximo dia 24 de outubro, no processo que são acusados de assassinar a tiros o policial civil Valter Dias Santana, ocorrido no dia 2 de junho de 2003. Eles estão presos desde agosto do ano passado no Presídio Rubens Quintella. Outro acusado do crime, o policial civil Robson Rui Gomes de Araújo, o ?Robinho?, foi julgado pelo crime, mas acabou absolvido. O Conselho de Sentença acolheu a tese da defesa de falta de provas. No processo, ele era apontado como mandante do crime. ?Robinho? já voltou a trabalhar na Polícia Civil. Também por falta de provas, os ?chumbetas? Wolkmar dos Santos e Vanilo Lima tinham sido liberados pelo juiz Daniel Accioly. Ambos, foram executados a tiros nos últimos três meses, em crimes considerados misteriosos pela polícia, até o momento. Wolkmar dos Santos havia denunciado o grupo suspeito de matar Valter Dias de ter participado da chacina que vitimou a deputada Ceci Cunha. tESTEMUNHAS Duas testemunhas do assassinato de Valter Dias devem ser ouvidas durante a sessão plenária do Tribunal do Júri que vai julgar os acusados: a viúva Tânia Lima, que foi embora de Alagoas e hoje recebe proteção da Polícia Federal. Foi ela quem apontou a maioria dos acusados, revelando que ?Alfredinho? teve envolvimento direto no crime. A segunda testemunha é o irmão dela, Valter Lima, também policial civil. Ele tornou-se testemunha importante no processo da morte do cunhado, porque revelou pormenores de episódios que irritaram o grupo de policiais rivais, principalmente no que diz respeito a crimes de pistolagem. A data do julgamento foi publicada no Diário Oficial do Estado. Se condenados, eles podem pegar até 30 anos de prisão. A guerra dos policiais fez outras seis vítimas, inclusive outro policial, Sinvaldo Feitosa, executado em julho de 2003. Era atribuído a Sinvaldo participação no atentado e morte de Valter Dias.