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Meninos assaltam v�tima a golpe de peixeira e chutes

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EDNELSON FEITOSA Repórter Rio Largo - No Dia da Criança, o que deveria ser um data de alegria e presentes tornou-se um momento de desespero para os pais de três adolescentes, em Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió. Eles serão transferidos hoje da carceragem da delegacia local para o Centro de Ressocialização Masculino (CRM), por ordem do Ministério Público. L.P.S., de 17 anos, e seus irmãos gêmeos, D.P.S. e D.P., ambos de 16, acusados por crime hediondo: tentativa de latrocínio. Eles foram presos por populares após assaltar e tentar assassinar a golpes de faca-peixeira, chutes e pedradas o aeroviário Alexandre de Lima Torquato, 31, que se encontra hospitalizado em Maceió. Alex, como a vítima é conhecida, reside em Rio Largo e trabalha no Aeroporto Zumbi dos Palmares como funcionário da TAM. Na madrugada do último sábado, com parte do salário do mês no bolso, ele ficou bebendo com amigos numa lanchonete, em pleno centro da cidade. Como estava tarde, por volta das 2h30, ele decidiu ir para casa. Foi quando encontrou uma garota de 17 anos, conhecida como Claice, namorada de um dos acusados. Ela abordou a vítima pedindo um cigarro. Depois, perguntou se tinha dinheiro para lhe dar, fato que fez Alex parar e se virar para ela. O aeroviário não percebeu que se tratava de uma cilada, pois os assaltantes chegaram pelas costas, um deles armado de faca-peixeira. O aeroviário afirmou que não teve tempo de reagir, pois foi atacado pelos três, golpeado com a faca e atingido com socos e pontapés. Caído, ele foi atacado com pedradas na cabeça e terminou, agonizante, quase desacordado. Os adolescentes aproveitaram para catar tudo que Alex portava de valor: R$ 300 em dinheiro, celular, relógio, “tudo que puderam pegar”, afirmou a mãe de Alexandre, a professora Creuza de Lima Torquato, 56. “Não havia motivo para tanta crueldade. O que eles fizeram foi pura maldade”. A professora acredita que a falta de formação familiar tem levado crianças cada vez mais novas a agir com violência. E adverte que tem percebido isto em sala de aula. “Falta orientação. A criançada está perdendo a inocência característica da idade”, frisou ela. No entender da professora, o Conselho Tutelar tem lidado com o direito e esquece os deveres dos jovens infratores. “Não entendo o motivo de tanto apoio, já que se trata de um cidadão que pode votar e tudo mais”, completou ela. A promotora Maria José Alves recebeu, na última segunda-feira, a apreensão em flagrante por ato infracional dos três irmãos e determinou que eles fossem encaminhados ao CRM. Eles ficaram custodiados durante três dias, por decisão judicial, na carceragem da Delegacia de Rio Largo. A polícia não informou se eles são reincidentes em assaltos.

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