Polícia
Jovem � seq�estrada em churrascaria

| EDNELSON FEITOSA Repórter A estudante Laviolete Patrícia de Araújo, 19, filha do empresário paraibano Luis Firmino de Araújo, foi seqüestrada na noite de quarta-feira por três homens armados que fugiram num veículo Fiat Uno de cor preta. A vítima estava na churrascaria Espettos do Picuí, localizada na Via Expressa, na Serraria, de propriedade do pai, quando foi atacada pelos bandidos. No primeiro contato mantido com a família, os seqüestradores exigiram o pagamento de um resgate no valor de R$ 1 milhão. O empresário, que é dono de uma rede de churrascarias, comunicou o seqüestro da filha na Delegacia de Plantão II, no Tabuleiro do Martins, porém solicitou que a polícia ficasse afastada do caso até que se concluísse a negociação, que foi iniciada na manhã de ontem. A família da vítima não quis comentar o fato com a imprensa. O delegado do 4º Distrito, Jobson Cabral de Santana, esteve na casa da vítima, na manhã de ontem. Ele vai presidir o inquérito do crime. Segundo a polícia, Laviolete estava numa das mesas da churrascaria do pai, por volta das 21h30, quando dois homens desceram de um Fiat Uno preto que parou em frente ao estabelecimento, eles caminharam até a mesa onde a estudante se encontrava e sacaram suas armas, pistolas, calibre 380. Um garçom, que assistiu ao fato, declarou que chegou a pensar que se tratava de um assalto. No entanto, eles não quiseram dinheiro. Renderam Laviolete, que foi levada à força para o veículo. Os bandidos seguiram pela Via Expressa e entraram na avenida que dá acesso ao complexo Benedito Bentes, onde desapareceram. Policiais da equipe anti-seqüestro do Tigre, grupo de operações especiais da Polícia Civil, chegaram a iniciar diligências, mas interromperam a pedido da família. Nos últimos dois meses, os filhos de três empresários foram seqüestrados. O dono de um depósito de bebidas de Rio Largo pagou um resgate de R$ 30 mil pela liberdade do filho. Os proprietários do Grupo Afa também pagaram um resgate de R$ 40 mil. Nos dois casos, os seqüestradores exigiram resgates superiores a meio milhão de reais, mas baixaram o valor. A cúpula da Polícia Civil se reuniu ontem para discutir o aumento no número de seqüestros em Alagoas, que já se espalhou pelo interior do Estado. O último ocorreu no município de União dos Palmares, na zona da mata alagoana, e a família precisou pagar o resgate para ter a vítima de volta.