Polícia
Z� Maria da �gua � morto em Arapiraca

| MAIKEL MARQUES Repórter Arapiraca - O empresário José Maria Dedé da Silva (50), o ?Zé Maria da Água?, que atuava no ramo de água potável, foi assassinado com diversos tiros de revólver disparados por quatro ocupantes de um Fiat Uno de cor preta. O crime aconteceu às 8h30, quando Zé Maria estacionava seu caminhão e se preparava para encher uma cisterna na comunidade de Mangabeiras, em Arapiraca. De acordo com testemunhas, Zé Maria da Água tentou correr quando percebeu a movimentação. ?Ele abriu a porta do caminhão e correu, mas foi alvejado com um tiro nas costas. Quando caiu, outros dois homens concluíram o serviço?, diz uma testemunha, sem se identificar. Ex-candidato a vereador em 1996 - quando foi derrotado - Zé Maria tentou disputar a eleição em 2004, mas foi reprovado no teste de português promovido pela Justiça Eleitoral. ?Eu já tinha dito que ele deveria deixar a cidade. Sempre recebeu ameaças de morte?, alegou José da Silva Filho, irmão da vítima. Para José da Silva, as ameaças tinham ligação com o crime do também empresário José Cícero Dedé da Silva, o ?Cícero do Guincho?. Ele era irmão de Zé Maria da Água e teve a casa invadida na madrugada do dia 19 de outubro de 2003 por três homens que o executaram diante da esposa. O crime teria sido motivado porque a vítima era testemunha ocular da morte do comerciário Antônio Moreira Filho. O comerciário foi executado quando bebia em um boteco da Rua Delmiro Gouveia, próximo à casa de Cícero do Guincho. Dias depois do enterro de Cícero, Zé Maria revelou os nomes dos supostos matadores, com base em informações da viúva, a dona-de-casa Selma Alves, que apontou os soldados Cícero Cordeiro e Soares, que naquela época faziam parte do serviço de inteligência do 3º Batalhão da PM de Arapiraca. Os dois foram presos em Maceió e, meses depois, transferidos para o 3º Batalhão da PM em Arapiraca. No início deste ano, foram liberados do cárcere militar por determinação do Poder Judiciário. Segundo apurou a Gazeta, a viúva Selma Alves deixou o Estado de Alagoas e se refugiou em local não revelado.