Polícia
Blitz come�a com apreens�o de fac�es

| BLEINE OLIVEIRA Repórter Mais de 180 homens das polícias Civil e Militar foram mobilizados, ontem, para uma operação destinada, inicialmente, a investigar denúncias de roubo de carga e veículos no município de Rio Largo. Mas, ao final de algumas horas, o resultado foi quase inexpressivo: nenhuma prisão e a apreensão de um pequeno número das chamadas armas brancas (facas, facões, estiletes). Questionado sobre o aparato montado e o fraco resultado da Operação Presença, o diretor-geral da Polícia Civil, delegado Robervaldo Davino, reagiu dizendo que a ação destinou-se a levar a polícia às ruas num trabalho preventivo. Queremos mostrar à população que estamos cumprindo nosso papel de garantir a segurança pública, argumentou o ex-secretário de Defesa Social. Os policiais foram distribuídos em sete pontos, de onde agiam revistando motoristas e pedestres. Até por volta das 20h30 nenhuma arma fora apreendida e nem efetuadas prisões em flagrante. Mas, como ressaltou Davino, o trabalho prosseguiria até a madrugada de hoje. Cobrança Coube ao diretor-adjunto da Polícia Civil, delegado Roberto Lisboa, e ao comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel PM Marcos Antônio Cardoso Brito, planejar a operação. Durante todo o tempo eles evitaram entrar em detalhes sobre o que seria feito ou se os agentes iriam em busca de alvos específicos. A cúpula das polícias se concentrou na blitz realizada no bairro da Forene, limite entre Maceió e Rio Largo. O coronel Brito admitiu que, diante das cobranças que a sociedade tem feito, os responsáveis pela segurança pública tiveram que adotar uma política de combate ostensivo à violência. Essas operações estão sendo realizadas em parte como resposta à sociedade, mas é importante ressaltar que é nossa obrigação planejar o combate ao crime e agir, disse o oficial PM. Novas operações Já nesta segunda-feira, 5, Maceió será alvo de uma nova ação policial. Denominada Operação Papai Noel, levará um grande aparato às ruas do Centro para evitar a ação de ladrões que costumam agir no comércio neste período natalino. O coronel Brito disse que estão sendo planejadas diversas operações, tanto na capital quanto nas cidades onde o serviço de inteligência da polícia tem identificado a prática de crimes. Estamos trabalhando de forma planejada, acrescentou ele, discordando das afirmações de que Maceió se tornou uma cidade violenta. Para o oficial, a capital cresceu e tem mais de 60% de sua população vivendo abaixo da linha de pobreza. Para ele, essa é a causa da violência.