PF lacra e confisca ca�a-n�queis em AL

EDNELSON FEITOSA Repórter A Polícia Federal montou uma operação surpresa para lacrar caça-níqueis, videoloterias e outras máquinas de jogos programados que funcionavam em bingos e pontos de zooloterias. A determinação partiu do juiz federal Paulo Machado Cordeiro. Outros estabelecimentos, inclusive bingos, conseguiram liminar na Justiça e acabaram não sendo fechados. O delegado fazendário da Polícia Federal Washington Luiz, que coordenou a operação, declarou, na manhã de ontem, que os policiais foram orientados a acompanhar e apoiar o trabalho de 18 oficiais de Justiça com ordens para lacrar as máquinas. Trinta e seis homens da Polícia Federal, além de 18 oficiais de Justiça, fizeram cumprir a liminar do juiz, que determina o lacre e confisco de todas as máquinas caça-níqueis em funcionamento no Estado. Foram expedidos 13 mandados, segundo ele, sendo que oito eram para estabelecimentos em Maceió e cinco para os municípios de Arapiraca e São Sebastião, no Agreste do Estado e, em Santana do Ipanema, no Sertão alagoano. A ação da PF começou a ser planejada há uma semana. No entanto, só foi deflagrada às 9 horas de ontem, quando chegaram os mandados com os oficiais de Justiça. Trinta e seis homens da PF partiparam do trabalho, que terminou no fim da manhã. Praça Deodoro A chegada das viaturas da Polícia Federal no primeiro ponto da Loteal, localizado na Praça Deodoro, no Centro, chamou a atenção de dezenas de pessoas. O trânsito chegou a ficar congestionado no local. Um funcionário, que pediu para não se identificar, atendeu as equipes da PF e foi orientado a fechar as portas, enquanto os oficiais de Justiça lacravam as sete máquinas, que estavam em pleno funcionamento. Ele identificou o proprietário apenas por Ednaldo. Nervoso, o empregado tentou, sem sucesso, localizar o patrão que não apareceu enquanto a PF estava no local. “Vício miserável!” “É bom mesmo que fechem, pois este mês eu fiquei sem salário. Gastei tudo aqui. É um vício miserável!”, comentou o comerciário Cláudio José. Outra equipe da PF se dirigiu para o Bingo Português, a poucos metros da Loteal da Praça Deodoro, onde também tinham a determinação de lacrar máquinas. Os proprietários não autorizaram o acesso da imprensa, que também foi proibida de entrar no Bingo Central, onde havia funcionando mais de 20 máquinas ilegais. Todas as máquinas foram lacradas, mas não foram recolhidas pela PF.