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Nº 5822
Polícia

Presos n�o comparecem para depor

| REGINA CARVALHO GILVAN FERREIRA Repórteres O delegado Dênisson Albuquerque vai entregar à Justiça o inquérito que apura a morte dos irmãos Cristiano dos Santos e Luciano dos Santos, assassinados a golpes de faca durante rebelião no mês passado no

Por | Edição do dia 13/12/2005 - Matéria atualizada em 13/12/2005 às 00h00

| REGINA CARVALHO GILVAN FERREIRA Repórteres O delegado Dênisson Albuquerque vai entregar à Justiça o inquérito que apura a morte dos irmãos Cristiano dos Santos e Luciano dos Santos, assassinados a golpes de faca durante rebelião no mês passado no Presídio Rubens Quintella, sem ouvir os principais acusados pelo duplo homicídio. Além de assassinado com mais de trinta golpes de faca no tórax, Cristiano dos Santos teve a cabeça decapitada e jogada no pátio do presídio. Ontem, pela 3ª vez, o delegado esperou no 10º Distrito Policial (DP) a apresentação dos presos acusados pelo duplo homicídio para depoimento, que mais uma vez não compareceram. “Já enviei três ofícios ao juiz Marcelo Tadeu [Execuções Penais] pedindo a presença deles para tomar o depoimento, mas não recebi qualquer informação”, ressalta Dênisson Albuquerque. Os acusados estão sob custódia do juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu, que deveria determinar a presença dos oito detentos ao 10º Distrito Policial. A Gazeta apurou que alguns dos acusados foram transferidos para o presídio de Arapiraca. Cristiano e Luciano dos Santos foram presos por porte ilegal de armas e iam deixar o presídio na semana do assassinato. A família dos dois detentos prometeu entrar na Justiça para cobrar uma indenização. A família alega que os irmãos estavam sob custódia do Estado, que tinha o dever de garantir a segurança deles. Acusações No dia 17 de novembro, o delegado foi ao presídio Rubens Quintella e conversou com detentos. Eles teriam apontado oito homens como responsáveis pela morte dos irmãos, que já deveriam ter sido ouvidos pelo delegado. “No dia seguinte à rebelião estive no presídio, quando os presos denunciaram a participação deles na morte dos irmãos”, reforçou Albuquerque. Bruno Carneiro de Miranda; Carlos Henrique Costa, mais conhecido como “Boca”; Claudevan Gomes da Silva, conhecido como “Batoré” - um dos líderes da rebelião no presídio Rubens Quintella; Marcelo José da Silva, conhecido como “Negão”; Carlos Alberto dos Santos; José Ailton Henrique Filho, conhecido como “Gordo”; Franklin Henrique Almeida e Alex Santos Moura foram citados pelos presos do Rubens Quintella como acusados pela morte de Cristiano, 29 anos e Luciano, 28. Os oito acusados devem responder por homicídio duplamente qualificado, que pode render uma pena de 60 anos, para cada um dos envolvidos nos dois crimes. Prorrogação Dênisson Albuquerque informou que entrega o inquérito no dia 15, mas que vai pedir prorrogação para concluir as investigações. “Oficialmente não recebi qualquer tipo de justificativa sobre o não-comparecimento deles. Vou entregar o inquérito sem ouvir ninguém”, declarou. Ele informou que vai enviar ofício ainda hoje para o secretário de Ressocialização, Aurélio Rosendo, pedindo justificativa sobre o não-comparecimento dos oito detentos, acusados de envolvimento na morte dos irmãos. Dênisson Albuquerque ressaltou ainda que não vai ouvir os acusados no presídio Rubens Quintella. “O lugar de eles serem ouvidos é no 10º Distrito Policial e não no presídio. Não vou para lá”, acrescentou. A Gazeta tentou ontem, pela manhã e à tarde, entrar em contato, por telefone, com o juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu, mas até o fechamento desta edição não conseguiu encontrá-lo .

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