O policial civil aposentado Milton Severo dos Santos, 65, prestou depoimento ao delegado de Crimes Contra Crianças, Paulo Braz da Silva, na manhã de ontem, na Central Integrada de Apoio Policial ao Cidadão (CIAPC), e negou ter assassinado a filha, Mayara Grazielle de Lima Severo, de 7 anos, jogada de um veículo Gol, branco, na Praia do Pontal, na noite da última segunda-feira. Ela foi assassinada por asfixia. Milton Severo desmentiu as informações da ex-amante Vânia Romano de Lima, que declarou à imprensa jamais ter recebido a pensão da filha. “Sempre ajudei na alimentação da menina e estava pagando sua escola particular”, declarou ele, acrescentando serem falsas as informações dos telefonemas para a casa da mãe da vítima, inclusive a respeito do encontro. O policial garantiu que estava em sua residência, quando recebeu um telefonema de Vânia, desesperada pelo desaparecimento da filha e como seu veículo Gol, branco, estava quebrado, foi até a residência dela em outro carro. O veículo Gol foi periciado pelo Instituto de Criminalística, visto que há suspeitas de que foi usado no seqüestro de Mayara. O delegado Paulo Braz, que liberou Milton após o depoimento, declarou que o interrogatório foi feito ontem para que o acusado não tivesse tempo de criar álibis ou fosse instruído por seu advogado. Ele destacou que não tem indícios suficientes de autoria para pedir sua prisão. O advogado José Oliveira da Silva, que defende o policial, declarou que realmente seu cliente tinha sido acionado na Justiça para pagar a pensão da filha – e que era obrigado a pagar -, descartando, porém, a hipótese de que a ex-amante tivesse direito a retroativos.