Taxista � morto ap�s pegar passageiros
EDNELSON FEITOSA Repórter Hematomas pelo corpo e um tiro na mão revelaram aos peritos do Instituto de Criminalística (IC) que o taxista Ivanildo Ferreira dos Santos, 40, reagiu e acabou morto pelos três passageiros que contrataram uma corrida até a Grut
Por | Edição do dia 29/12/2005 - Matéria atualizada em 29/12/2005 às 00h00
EDNELSON FEITOSA Repórter Hematomas pelo corpo e um tiro na mão revelaram aos peritos do Instituto de Criminalística (IC) que o taxista Ivanildo Ferreira dos Santos, 40, reagiu e acabou morto pelos três passageiros que contrataram uma corrida até a Gruta de Lourdes no veículo Fiat Uno, táxi, placa MUA 0485/AL, utilizado por ele. A vítima tinha 25 anos de profissão. Ivanildo Ferreira já estava chegando ao matagal, próximo ao conjunto Santa Ana, na Serraria, quando deve ter percebido que se tratava de um assalto e teria decidido reagir. Ele recebeu três tiros de pistola 380 e um dos projéteis atingiu o seu tórax, provocando hemorragia em órgãos vitais. O militar Gilvan Ferreira dos Santos, 38, irmão de Ivanildo, disse que o taxista apanhou três rapazes, um deles estava com uma bicicleta, em Ponta Grossa, para uma corrida até a Gruta, por volta de uma hora da madrugada de ontem. Tomei conhecimento do crime às duas e meia da manhã. Só pode ter sido assalto, pois meu irmão não tinha inimigos, era uma pessoa sem broncas, um trabalhador, destacou o irmão. O taxista tinha esposa e dois filhos menores. Pagava diária, pois não tinha um veículo próprio. Apesar da experiência, não deve ter suspeitado de assalto pelo fato de os rapazes estarem levando uma bicicleta. No táxi, os bandidos deixaram um coldre, uma camisa da mancha azul e um boné. O taxista José Geraldo da Silva, 44, protestou ontem pela falta de segurança. Ele afirmou que sempre que um taxista morre a Polícia Militar realiza rondas. No entanto, passados poucos meses, eles abandonam o serviço. Todo dia a gente pede blitz e as autoridades ignoram. Pode ver que amanhã, Maceió vai estar cheia de polícia, mas não demora e nós estaremos abandonados novamente, ponderou. Ednei Batista da Costa, 29, que trabalha como taxista há cinco anos, diz que avalia deixar a profissão. Não abandonei ainda o serviço porque tenho três filhos para sustentar, pois já fui vítima de três assaltos, reconheceu ele.