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Nº 5759
Polícia

Em Matriz, 2 escapam pelo telhado

| FERNANDO VINÍCIUS Repórter Maragogi - Dois homens fugiram na madrugada de ontem da delegacia regional de Matriz do Camaragibe, que atende a oito municípios da região norte de Alagoas. Alexsandro Silva de Lima e José Alex da Silva arrombaram o cadeado

Por | Edição do dia 04/01/2006 - Matéria atualizada em 04/01/2006 às 00h00

| FERNANDO VINÍCIUS Repórter Maragogi - Dois homens fugiram na madrugada de ontem da delegacia regional de Matriz do Camaragibe, que atende a oito municípios da região norte de Alagoas. Alexsandro Silva de Lima e José Alex da Silva arrombaram o cadeado da cela onde estavam com mais quatro presos usando um pedaço de ferro retirado da grade de esgoto que fica no pátio do xadrez. Utilizando cabos de vassoura para levar os lençóis transformados em “teresa” (gíria do detentos que dá nome à corda feita com panos trançados), eles subiram até a grade que fica no primeiro andar do prédio. Os presos alcançaram o telhado da delegacia e escaparam usando novamente a “teresa” para concluir o plano de fuga, descendo pelos fundos, em frente ao matadouro municipal. O barulho provocado pelo abate aos animais confundiu a equipe de plantão comandada pelo delegado Valter Rocha do Nascimento, responsável pela delegacia de Maragogi. Um dos policiais civis foi verificar se havia alguma movimentação estranha e, ao iniciar a recontagem, percebeu a cela arrombada. A equipe saiu em diligência para tentar recapturar os fugitivos sem conseguir êxito. Nascimento disse que foi até a residência da família de Alexsandro no Sítio Pedra Negra, localizado na divisa entre Porto Calvo e Japaratinga, para tentar localizá-lo. Alexsandro de Lima responde processo por dois homicídios cometidos em Japaratinga e estava preso há pouco mais de um mês. José Alex da Silva foi capturado no dia 20 de agosto de 2005 e aguardava decisão da Justiça por causa de um furto cometido em São Miguel dos Milagres. As delegacias das duas cidades foram comunicadas sobre a ocorrência. Os quatro presos que estavam na cela dos foragidos disseram que não viram nada porque estavam dormindo. Agentes que não quiseram se identificar reclamam da falta de condições de trabalho e da superlotação verificada na carceragem. Com 28 presos amontoados em cinco celas, número reduzido para 26 após a fuga de ontem, os detentos ficam doentes com freqüência. Um tonel com lixo em frente a uma cela só piora as condições do xadrez. Alguns dormem no chão das celas com apenas um lençol, situação vivida por Paulo Araújo da Silva, preso desde o dia 18 de abril de 2004 acusado por receptação de objetos roubados. Paulo da Silva disse que foi operado para retirar uma bala que tinha atingido seu intestino e, ao retornar de Maceió, teve uma infecção no local operado por conta da falta de higiene. “Eu também peguei pneumonia e os outros pensavam até que eu estava com Aids”, lembra Paulo já recuperado. Ele reclama também que durante todo esse período foi ouvido apenas uma vez no Fórum de Porto Calvo.

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