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Nº 5759
Polícia

PF diz hoje por que n�o entrou na investiga��o

A direção geral da Polícia Federal (PF), em Brasília, deve esclarecer hoje os motivos do não-cumprimento da ordem do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para a participação da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas nas investigações do assa

Por | Edição do dia 05/01/2006 - Matéria atualizada em 05/01/2006 às 00h00

A direção geral da Polícia Federal (PF), em Brasília, deve esclarecer hoje os motivos do não-cumprimento da ordem do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para a participação da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas nas investigações do assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis e do pistoleiro Cícero Belém, executados, respectivamente, em outubro e novembro do ano passado. A resposta foi prometida à Gazeta pela assessoria de comunicação da direção geral da Polícia Federal. O governador Ronaldo Lessa tinha recebido do ministro Márcio Thomaz Bastos, no último mês de novembro, a promessa da indicação de um delegado federal para investigar o assassinato de Fidélis, morto dentro do presídio Baldomero Cavalcanti. Esse mesmo delegado também investigaria a morte de Belém, ocorrida em um trecho da Avenida Durval de Góes Monteiro, no Tabuleiro do Martins, cinco dias após o assassinato de Fidélis. O superintendente da PF em Alagoas, Rogério Cotta, foi procurado por telefone pela reportagem da Gazeta, mas sua assessoria informou que ele não poderia atender, por estar participando de uma reunião. Um dos delegados da cúpula da superintendência da Polícia Federal reconheceu haver obstáculos para a participação da PF nas investigações do “caso Fidélis”. Ele disse que vários delegados estavam de férias, além da existência de uma sobrecarga de trabalho, principalmente pelo deslocamento de agentes da superintendência de Alagoas para fazer a vigilância do traficante Fernandinho Beira-Mar, preso na carceragem da PF, em Jaraguá. Caso Belém O delegado Jobson Cabral, que comanda o inquérito que apura a morte do pistoleiro Cícero Belém, disse que as investigações foram suspensas e só recomeçarão depois da definição sobre a participação da PF no caso. “Estamos com as investigações paralisadas. Temos algumas diligências para serem concluídas e alguns depoimentos para serem tomados, mas só vamos fazer isso depois de uma definição da Polícia Federal no caso”, revelou Cabral. Os promotores que foram indicados para acompanhar os dois assassinatos, Alfredo Gaspar de Mendonça, Marcus Mousinho e Karla Padilha, só devem retomar os casos em fevereiro. Os promotores pediram o indiciamento dos ex-diretores do Baldomero Cavalcanti, Jair Macário e José Jorge dos Santos e do presidiário Edson dos Santos, o “Pé de Cobra”, por envolvimento no assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis e aguardam a conclusão das investigações para pedir ao juiz Braga Neto o indiciamento de outros acusados. Mudança de depoimento A Gazeta apurou também que o ex-policial militar Garibalde Amorim, que ganhou liberdade depois de ajudar o Ministério Público e a Justiça no esclarecimento de vários crimes no Estado, pediu para depor novamente sobre a morte do tributarista Sílvio Vianna. Garibalde teria interesse em revelar os nomes dos mandantes na morte do tributarista, assassinado em outubro de 1996. O ex-PM foi condenado a 18 anos e 10 meses de prisão pelo assassinato de Sílvio Vianna e, depois que ganhou a liberdade, saiu do Estado com destino ignorado. Ele já tinha cumprido um terço da pena quando decidiu “colaborar” com a Justiça. |GF

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