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Nº 5759
Polícia

PF n�o tem ordem para investigar morte

| GILVAN FERREIRA Repórter A Polícia Federal (PF) não recebeu nenhuma determinação oficial do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para investigar o assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, que foi executado dentro do presídio Baldomero Cavalc

Por | Edição do dia 06/01/2006 - Matéria atualizada em 06/01/2006 às 00h00

| GILVAN FERREIRA Repórter A Polícia Federal (PF) não recebeu nenhuma determinação oficial do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para investigar o assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, que foi executado dentro do presídio Baldomero Cavalcanti, no último mês de outubro. A informação foi confirmada ontem pela divisão de Comunicação Social da direção geral da PF, em Brasília. “Não recebemos nenhuma determinação do Ministério da Justiça para participar dessas investigações, que ainda são de alçada do Estado [Polícia Civil]. Para que possamos atuar é necessário que as investigações passem para a esfera federal. Não existe nenhuma dificuldade para a atuação da Polícia Federal, só não há ainda nenhuma determinação nesse sentido”, esclareceu a assessoria de Comunicação Social da Polícia Federal. O pedido para a participação da PF na apuração do assassinato de Fernando Fidélis foi feito pelo governador Ronaldo Lessa ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, depois do anúncio do suposto envolvimento no crime do então secretário de Ressocialização, Valter Gama, do diretor do presídio Baldomero Cavalcanti, Jair Macário, e de outros funcionários do presídio. “Quero a PF investigando a morte de Fernando Fidélis. Conversei ontem com o presidente Lula, que garantiu apoio para combater o crime em Alagoas. Quero também saber quem está por trás disso tudo e quem foi o mandante. Por isso, o ideal é que a PF fique no comando do processo”, afirmou Lessa, durante entrevista coletiva, no último dia 22 de novembro. O governador reafirmou essa posição no fim do mês de novembro. Lessa disse que tinha recebido um telefonema do ministro Márcio Thomaz Bastos, para “pedir desculpas” por ter determinado a transferência do traficante Fernandindo Beira-Mar para Alagoas, pela segunda vez, sem nenhuma comunicação prévia. Na ocasião, Lessa disse que aproveitou para reforçar o pedido de participação da PF no caso Fidélis. Ele disse que o ministro tinha justificado a necessidade de transferir Fernandinho Beira-Mar para Alagoas, sem uma comunicação prévia, e teria garantido adotar providências para atender ao seu pedido em relação a Fidélis. Desencontros A assessoria do Ministério da Justiça confirmou o pedido do governador Ronaldo Lessa e informou que haveria o encaminhamento da decisão do ministro Márcio Thomas Bastos à direção geral da Polícia Federal, que ainda não recebeu o pedido oficial para asssumir o caso, mesmo que esse pedido tenha sido feito há 44 dias. Enquanto não se define a entrada da PF no caso, as investigações continuam suspensas.

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