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Nº 5759
Polícia

MJ e governo n�o se entendem sobre PF no caso Fid�lis

| GILVAN FERREIRA Repórter A “novela” sobre a participação da Polícia Federal (PF) nas investigações sobre o assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, ocorrido em 28 de outubro do ano passado, dentro do presídio Baldomero Cavalcanti, ganhou ontem ma

Por | Edição do dia 07/01/2006 - Matéria atualizada em 07/01/2006 às 00h00

| GILVAN FERREIRA Repórter A “novela” sobre a participação da Polícia Federal (PF) nas investigações sobre o assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, ocorrido em 28 de outubro do ano passado, dentro do presídio Baldomero Cavalcanti, ganhou ontem mais um capítulo. Segundo o assessor de comunicação Social do Ministério da Justiça (MJ), Francisco Marques, o ministério também não teria recebido o pedido oficial do governador Ronaldo Lessa (PDT) para entrar no caso. “O Ministério da Justiça já colocou a Polícia Federal à disposição do governador Ronaldo Lessa, mas ainda estamos aguardando a oficialização desse pedido, que, a princípio, não foi oficializado. O ministro Márcio Thomaz Bastos conversou com o governador e deixou claro o interesse em ajudar o Estado nesta investigação, mas estamos esperando um pedido formal”, esclareceu Francisco Marques. A explicação da assessoria do Ministério da Justiça repercutiu no Palácio Floriano Peixoto. Estranhamento O vice-governador Luis Abílio estranhou a informação da assessoria do Ministério da Justiça. Ele garantiu que a documentação citada pelo assessoria do ministério já tinha sido encaminhada. “O governador Ronaldo Lessa já encaminhou o pedido oficial ao MJ, inclusive teve uma reunião com o superintendente da Polícia Federal, delegado Rogério Cotta, que ficou de avaliar como seria a participação da PF no caso, já que haveria algumas questões jurídicas para serem superadas”, disse Abílio. Para comprovar que o governo do Estado já tinha encaminhado o pedido oficial ao Ministério da Justiça, Luis Abílio pediu ao chefe do Gabinete Civil a cópia do ofício encaminhado ao MJ. A Gazeta teve acesso à cópia deste documento, que foi encaminhado ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, no último dia 16 de novembro. No documento, o governador Ronaldo Lessa sugere a necessidade de participação da Polícia Federal na investigação do assassinato de Fernando Fidélis, já que havia a suspeita de participação de integrantes de agentes públicos no crime. “...Acatando solicitação do parquet estadual (Ministério Público Estadual), o MM Juiz de Direito José Braga Neto, da 9ª Vara Criminal da Capital, decretou a prisão temporária de vários servidores públicos estaduais lotados na Secretaria Executiva de Ressocialização, órgão da administração direta que administra o sistema prisional de Alagoas, entre eles o secretário-executivo de Ressocialização, delegado Valter Alves Gama; o delegado aposentado Jair Macário da Silva, ex-diretor da Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti; o servidor Mário Jorge Gomes Bezerra, diretor de Disciplina da Unidade Prisional, e do delegado de Polícia Valdir de Carvalho, do 6º Distrito da Capital. Em virtude da decretação da prisão dos servidores nominados, todos integrantes da Polícia Civil de Alagoas, e buscando resguardar aquela instituição e nosso governo de qualquer suspeita na condução das investigações policiais, urgentes e necessárias, para a elucidação do homicídio perpetrado, encareço a Vossa Excelência determinar à Polícia Federal que assuma, doravante, o inquérito policial desse caso, medida que se coaduna com o ideário do governo de Alagoas no comabate à violência com isenção e transparência”... ( ), diz um dos trechos do documento, assinado pelo governador Ronaldo Lessa.

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