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Nº 5759
Polícia

Abaladas, v�timas de assalto deixam AL

GILVAN FERREIRA Repórter Abalada com o ataque do qual foi vítima, por uma quadrilha formada por oitos assaltantes, no final da noite da última sexta-feira, na Barra de São Miguel, balneário mais movimentado de Alagoas, a família do juiz da 3ª V

Por | Edição do dia 17/01/2006 - Matéria atualizada em 17/01/2006 às 00h00

GILVAN FERREIRA Repórter Abalada com o ataque do qual foi vítima, por uma quadrilha formada por oitos assaltantes, no final da noite da última sexta-feira, na Barra de São Miguel, balneário mais movimentado de Alagoas, a família do juiz da 3ª Vara Cível de Goiás, Danilo Luiz Meireles dos Santos, 38, já deixou o Estado de Alagoas. A esposa do magistrado, Marlene Meireles, que tinha viajado para Goiás na tarde de sexta-feira, horas antes da invasão da residência pela quadrilha, disse que ainda estava muito abalada com o ato de violência praticado contra sua família. “Graças a Deus eu não estava lá, eu tinha decidido com meu marido voltar a Goiás de avião com os nossos dois filhos (um bebê de 1 ano e uma filha de 10 anos). Eu ainda não sei de todos os detalhes, mas ele me disse que foi ameaçado de morte e que os bandidos o amarraram e levaram tudo, inclusive os dois carros”, revelou Marlene. A mulher do juiz, por telefone, também falou sobre a violência contra parentes. “São minhas primas, e a violência contra eles, por enquanto, é tudo que eu estou sabendo. Ele tentou me tranqüilizar, tudo isso é uma pena, porque a gente adorou a Barra de São Miguel e tinha programado voltar, mas acho que isso não vai ser mais posssível”, disse Marlene. O ataque dos bandidos aconteceu por volta das 23h30 da última sexta-feira, quando a família do juiz chegava à residência de veraneio, no loteamento Barra Mar, que tinha sido alugada há 14 dias. Os assaltantes apoveitaram o momento em que o juiz abria o portão da garagem e entraram com três veículos, um Fox preto, um Celta Branco e uma caminhoente preta, e anunciaram o assalto. Sob a mira das armas, os assaltantes armarraram o juiz Danilo Meireles - que foi ameaçado de morte depois de sua identificação - um casal de primos de sua esposa e mais três adolescentes. O caseiro Cícero Vicente dos Santos, sua esposa, Rivanilda da Conceição, dois filhos do casal e uma sobrinha de 13 anos também foram rendidos e amarrados. Os assaltantes levaram as três adolescentes, primas da esposa do juiz Danilo Meireles, para a residência do caseiro Cícero Vicente, que fica por trás da mansão, e as forçaram a tirar as roupas. As adolescentes foram presas no banheiro, e mantidas no local até o final da ação. ### Polícia diz que não houve violência sexual no assalto Conforme relato do caseiro Cícero Vicente, os assaltantes ameaçaram estuprar as parentes do juiz, uma com 19 e outras duas menores, com 17 e 15 anos, o que não ocorreu devido aos gritos e ao choro de uma das adolescentes. Os assaltantes tiveram receio que os gritos dela chamassem atenção dos vizinhos. A sobrinha do caseiro, N. C. B., 13, também foi ameaçada. Os assaltantes forçaram que tirasse a roupa, mas não chegaram a estuprá-la. Depois de mais de uma hora e 30 minutos dentro da residência, os ladrões fugiram com as jóias, dinheiro, TVs, aparelhos de som, roupas, outros utensílios e os dois veículos da família: um Doblô azul, placa NFH 690/GO, e uma caminhonete Hilux preta, placa 7229-GO. “Eles mandaram tirar a roupa e levaram eu e as três para o banheiro da casa do meu tio e perguntaram quem era a filha do juiz. Acho que eles pensaram que era a Carol e levaram ela para o quarto”, revelou N.C.B., sobrinha do caseiro. Para o governo do Estado, não teria ocorrido violência sexual. Segundo o diretor-geral de Polícia Civil, Robervaldo Davino, a delegada da Barra de São Miguel, Sheila de Carvalho, lhe garantiu que não houve estupro, porque a família não prestou queixa. “Eu ainda conversei com o juiz, por telefone, e em momento algum ele me falou de estupro”, disse Davino. |GF ### Quatro PMs fazem segurança dos 35 mil visitantes da Barra O prefeito de Barra de São Miguel, Reginaldo Andrade, convocou uma reunião hoje com a delegada do município, Sheila de Carvalho, para tentar encontrar uma alternativa para combater o aumento da violência no município, que se transformou no principal destino turístico do Estado. Segundo a assessoria do prefeito, o reduzido número de policiais na Barra de São Miguel é um dos principais fatores para o aumento da violência no balneário. Ontem, a Gazeta esteve na Barra de São Miguel e constatou que somente quatro policiais militares foram escalados para garantir a segurança dos mais de 7 mil habitantes e os cerca de 35 mil visitantes, segundo cálculos da Secretaria Municipal de Turismo. Point das autoridades A cidade é hoje alvo da preferência da maioria dos políticos, empresários e autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB); o vice-presidente da Câmara dos Deputados, José Thomaz Nonô (PFL); o vice-governador Luis Abílio (PDT); o presidente da Assembléia Legislativa de Alagoas, deputado Celso Luiz (PMN); o corregedor-geral do Tribunal de Justiça, desembargador Washington Luiz, conselheiros do TC e outras autoridades estão aproveitando o período de descanso no balneário. O município também foi escolhido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Vírgilio como roteiro de férias. Apesar de toda essa movimentação, os comerciantes e a população do município reclamam da falta de segurança pública na cidade. Segundo o comerciante Everaldo de Lima, o movimento de turistas na Barra de São Miguel é o melhor dos últimos anos e a tendência é que aumente ainda mais até o carnaval. Lima disse que, no fim de semana passado, o movimento na cidade foi surpreendente. “A cidade foi invadida pelos turistas, mas a gente sente a falta de segurança. Isso que aconteceu com o juiz e com os turistas que foram assaltados perto do Mirante Gunga são exemplos da falta de segurança”.

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