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Nº 5759
Polícia

GAP ocupa pres�dios para evitar fugas

GILVAN FERREIRA Repórter O Grupamento de Ações Penitenciárias (GAP) ocupou ontem, no começo da noite, os presídios Baldomero Cavalcanti, Cirydião Durval e Rubens Quintella para tentar impedir novas fugas. A ação começou quando presidiários d

Por | Edição do dia 20/01/2006 - Matéria atualizada em 20/01/2006 às 00h00

GILVAN FERREIRA Repórter O Grupamento de Ações Penitenciárias (GAP) ocupou ontem, no começo da noite, os presídios Baldomero Cavalcanti, Cirydião Durval e Rubens Quintella para tentar impedir novas fugas. A ação começou quando presidiários do Rubens Quintella iniciaram um motim e subiram no teto do complexo penitenciário e ameaçaram uma nova rebelião. A situação só foi contornada depois que os guardas penitenciários e policiais militares, que fazem a segurança externa do presídio, ameaçaram atirar contra os presos. Segundo Maria Vieira, esposa do detento Edivânio Vieira, 23, que foi ferido com um tiro de revólver no braço na tentativa de fuga do Rubens Quintella, na quarta, 18, os presos decidiram iniciar o motim para protestar contra as duas mortes que aconteceram no presídio durante as últimas tentativas de fuga e as supostas agressões dentro do complexo penitenciário. “Eles estão revoltados e o clima está muito tenso. Hoje (ontem) estava todo mundo revoltado dentro do Rubens Quintella. Meu marido levou um tiro de revólver no braço e outro preso levou um tiro de 12 no pé. Pelo que o meu marido falou está todo mundo revoltado, lá dentro ainda está tudo destruído e a todo momento tem confusão”, disse Maria Vieira, após seu dia de visita. “Eles já foram avisados de que o pessoal do GAP vai entrar hoje (ontem). Aí é que eles vão ficar mais revoltados e vai ter mais confusão. O Rubens Quintella vai explodir como panela de pressão”, disse Maria Vieira. Na quarta-feira, quatro detentos foram feridos à bala, mas, segundo a Secretaria de Resssocialização, somente um foi ferido por arma de fogo na tentativa de fuga. ### Secretário de Ressocialização diz que operação é rotineira O secretário de Ressocialização, tenente-coronel Aurélio Rozendo, que participou do planejamento da operação do GAP, tentou minimizar a ação dentro dos presídios.“É uma operação de rotina”, disse. Depois do rápido contato, o secretário Aurélio Rozendo autorizou a entrada da tropa, formada por mais de 50 agentes do GAP, no presídio Baldomero Cavalcanti. Os agentes do GAP, que estavam armados com espingardas, revólveres, bombas de efeito moral e balas de borracha, utilizavam coletes à prova de balas, escudos e cassetetes e também receberam orientações do diretor do Desipe, coronel Tavares. Os agentes receberam informações sobre a construção de um outro túnel que serviria para uma nova fuga do presídio Baldomero Cavalcanti - a última aconteceu no dia 30 de dezembro passado, quando 36 presos fugiram do Baldomero - um detento foi morto e oito foram recapturados. Os agentes do GAP também buscavam armas e drogas nos três presídios e fizeram a apreensão de vário celulares com parentes dos presos. A assessoria da Secretaria de Ressocialização deve anunciar hoje o resultado da operação do GAP nos presídios Baldomero Cavalcanti, Cirydião Durval e Rubens Quintella.

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