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Nº 5759
Polícia

Bandido ousa e ataca lancha no Pontal

REGINA CARVALHO Repórter Uma semana após o assalto à casa de veraneio do presidente do Tribunal de Justiça (TJ) de Alagoas, desembargador Estácio Gama, em Paripueira, bandidos voltaram a desafiar o comando da segurança pública de Alagoas. Nu

Por | Edição do dia 31/01/2006 - Matéria atualizada em 31/01/2006 às 00h00

REGINA CARVALHO Repórter Uma semana após o assalto à casa de veraneio do presidente do Tribunal de Justiça (TJ) de Alagoas, desembargador Estácio Gama, em Paripueira, bandidos voltaram a desafiar o comando da segurança pública de Alagoas. Numa ação ousada que durou apenas 15 minutos, três homens assaltaram na tarde do último domingo o vereador por Maceió Berg Hollanda (Prona), a noiva dele, a vereadora Conceição Tavares (sem partido), que é presidente da Câmara Municipal de Traipu, e um grupo de dez amigos do casal. Eles estavam na ilha Bora-Bora, no Pontal da Barra, quando foram abordados pelos assaltantes, que levaram três telefones celulares, aproximadamente R$ 350 em dinheiro, três cartões de crédito e um relógio. A lancha do vereador também foi levada e, em seguida, abandonada nas proximidades da favela Sururu de Capote, no Dique Estrada. Ela foi encontrada por um pescador, que avisou Berg Hollanda. Segundo o vereador, o assalto aconteceu por volta das 15h30, quando todos tomavam banho na Lagoa Mundaú. “Jamais esperava que pudesse ser assaltado numa ilha”. Durante a ação, um dos assaltantes manteve uma pistola 380 apontada para a cabeça de Berg Hollanda. Em pânico, ele pisou num galho e feriu o pé. “Me tiraram do grupo que estava comigo e me puxaram. Dois deles entraram na lancha enquanto o outro continuava com a arma apontada para a minha cabeça. Foi horrível”, reconhece. O vereador conta que os assaltantes chegaram “de cara limpa”, tinham por volta de 20 anos, estavam visivelmente drogados e não o reconheceram. “Depois do ocorrido, um militar que estava perto da gente ligou para policiais da Operação Litorânea (Oplit) e eu pessoalmente liguei para a Delegacia de Repressão às Drogas (DRD]”, destacou. Diferentemente do que chegou a ser cogitado, os assaltantes não chegaram à ilha nadando. “Eles estavam enxutos, secos mesmo. Acredito que contaram com a ajuda de outros para chegar à ilha. Fomos surpreendidos com eles já anunciando o assalto. Não vi quando chegaram. Talvez alguém tenha deixado eles por trás da ilha”, supôs o vereador acrescentando: “Nesses momentos a gente se sente insignificante. O que fiz foi somente pedir a Deus para não morrer. Não ando com segurança e também não tenho inimigos. Ainda estou abalado com o que aconteceu”, declarou o vereador. Ontem, ele prestou queixa na Central Integrada de Atendimento Policial ao Cidadão (Ciapc), no Farol. Berg Hollanda, que também é agente de polícia e tem dois irmãos e dois cunhados atuando como delegados em Alagoas, disse que sua sorte foi que os assaltantes não viram sua carteira de policial. “Acho que se vissem minha carteira eu teria morrido”, supõe. O delegado Carlos Alberto Reis, titular do 3º Distrito Policial (DP), estava de plantão no dia do assalto. A Gazeta tentou contato com ele, ontem, mas não obteve êxito. O diretor do Departamento Metropolitano de Polícia (Demep), delegado Alcides Andrade, informou que estava viajando e não sabia do ocorrido. O delegado Edvaldo Alves, titular da delegacia de Roubos e Furtos, não foi localizado para informar sobre o andamento das investigações.

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