Interrogada suspeita da morte de Mayara

A auxiliar de enfermagem Josete Barros de Melo, 55, foi ouvida, na manhã de ontem, pelo delegado de Crimes Contra a Criança, Paulo Brás, na condição de suspeita de envolvimento no seqüestro e assassinato da menina Mayara Grazielle de Lima Severo, de sete anos, morta por asfixia e jogada de um veículo na Praia do Pontal, na última segunda-feira. Ela é amante do policial civil aposentado Milton Severo dos Santos, pai da criança, apontado pela mãe da vítima, Vânia Romeno de Lima, como implicado no crime. O delegado revelou que Josete tinha verdadeira obsessão por Mayara e que pediu ao amante, por várias vezes, para adotar a menina. ?Quero saber qual era o interesse dela em Mayara e, porque insistia tanto para criá-la?, destacou o delegado, pouco antes de iniciar o interrogatório. Josete Barros de Melo declarou à imprensa que não tem qualquer tipo de envolvimento no assassinato, pois estava em sua residência, no Tabuleiro do Martins, na noite do crime. ?Tenho testemunhas de que no horário em que ocorreu o seqüestro, eu estava na porta de minha casa conversando com vizinhos?, garantiu ela. Ela afirmou, também, que não esteve com Milton Severo naquele dia. ?Falei com ele no horário da tarde pelo telefone?, acrescentou a auxiliar de enfermagem. O delegado Paulo Brás garante que ainda não tem elementos para pedir a prisão preventiva dos acusados e que as investigações estão apenas começando. ?O que existe até agora são as denúncias da mãe de Mayara que acusa Josete e Milton Severo. Inclusive, tinha uma mulher no carro usado pelo assassino da menina?, concluiu o delegado.