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Nº 5759
Polícia

Abortada fuga em massa em delegacia

| MAIKEL MARQUES Repórter Arapiraca - A Polícia Civil de Arapiraca abortou o que seria uma fuga em massa na Delegacia Regional de Arapiraca a partir da cela número três. O acusado de comandar a escavação na parede do xadrez é o assaltante Marcos Antônio

Por | Edição do dia 02/03/2006 - Matéria atualizada em 02/03/2006 às 00h00

| MAIKEL MARQUES Repórter Arapiraca - A Polícia Civil de Arapiraca abortou o que seria uma fuga em massa na Delegacia Regional de Arapiraca a partir da cela número três. O acusado de comandar a escavação na parede do xadrez é o assaltante Marcos Antônio Alves de Lima, o “Marcos Capeta”, 29, preso no dia 20 de fevereiro em Girau do Ponciano com outros quatro comparsas acusados de seqüestrar o vereador por Boca da Mata José da Costa Freire, o “Zé da Vandete”. Segundo apurou a Gazeta, Marcos Capeta conseguiu um pedaço de serra com parentes de outro detento. Aos poucos, ele foi serrando uma das barras da porta da cela número três. “Não imaginávamos que seria ousado ao ponto de serrar a própria grade”, comentou um dos policiais que conseguiram abortar o plano de fuga, que seria posto em prática na manhã da última terça-feira de carnaval, durante o banho de sol dos detentos. Com a barra de ferro e dois espetos improvisados, Marcos Capeta já tinha escavado mais de 40 centímetros da parede da delegacia, que tem aproximadamente 50 centímetros de espessura. Capeta também tinha improvisado uma gambiarra [instalação elétrica clandestina] para iluminar o fétido banheiro onde seria aberto o buraco para fuga dos detentos. Por medida de segurança, Marcos Capeta foi colocado numa outra cela com dez presos acusados de crimes diversos. Os outros comparsas de Capeta acusados no seqüestro do vereador de Boca da Mata - Luís Ribeiro de Souza (32), Alex Santos de Oliveira (26) e Ivanildo da Silva Lopes (24) - estão confinados em celas separadas para que não articulem planos de fuga como o desarticulado na manhã de terça-feira, mas somente divulgado ontem pela manhã. Aos agentes de plantão, Marcos Capeta teria dito que não desistiu do plano de fuga das dependências da 5ª Delegacia Regional de Polícia de Arapiraca. O grupo de Capeta seria transferido para presídios em Maceió, mas ficou em Arapiraca por causa de determinação do juiz Marcelo Tadeu Lemos, que só autoriza a transferência de presos já condenados. “Eles são elementos perigosos e põem em risco a segurança interna da cadeia”, alerta um agente policial de plantão. Projetada para abrigar no máximo 28 detentos, a 5ª Delegacia Regional de Arapiraca abrigava até ontem pela manhã 62 detentos. Todos aguardam julgamento.

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