app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5812
Polícia

Sobrinho de bicheiro vai a julgamento

Regina Carvalho Repórter Com base nas investigações policiais e depoimentos no Fórum, a juíza da Comarca de Murici, Aída Cristina Antunes, encontrou indícios da participação de Fausto Cardoso Batista, o “Faustinho” e Jadson Cansanção na morte da ado

Por | Edição do dia 03/03/2006 - Matéria atualizada em 03/03/2006 às 00h00

Regina Carvalho Repórter Com base nas investigações policiais e depoimentos no Fórum, a juíza da Comarca de Murici, Aída Cristina Antunes, encontrou indícios da participação de Fausto Cardoso Batista, o “Faustinho” e Jadson Cansanção na morte da adolescente Juliana Cassiano da Silva, em abril de 2005. A magistrada decidiu pela pronúncia dos acusados, que devem ir a julgamento ainda este ano. O promotor de Justiça Napoleão Franco informou que o processo em relação a Rita de Cássia dos Santos, amiga de Juliana e citada como co-autora do assassinato, está suspenso. “Isso ocorreu porque ela não se apresentou. Quanto a Faustinho e Jadson, a juíza encontrou indícios da autoria do crime”, reforçou o promotor. A Polícia Civil não tem pistas de Rita, que está foragida da cidade há vários meses. “Faustinho” e Jadson, que são respectivamente sobrinho e funcionário do bicheiro Plínio Batista, chegaram a ficar presos, mas foram liberados por decisão da Justiça. O advogado dos acusados, Raimundo Palmeira, que ontem ainda não sabia da decisão da juíza Aída Cristina, informou que vai entrar com recurso até a próxima semana. “Vou bater nas mesmas teclas desde o início. Não existe prova da materialidade e autoria do crime”, declarou o advogado. Para tentar o arquivamento do processo pelo Tribunal de Justiça (TJ), Raimundo Palmeira disse que vai se basear no laudo cadavérico que, segundo ele, é ambíguo e duvidoso. “Tudo que se provou até agora é que ele [Faustinho] estava com a vítima, dançando no bar, no dia anterior à morte dela. Vou pedir a despronúncia e a reabertura das investigações. Cabe agora ao TJ decidir se acata ou não o recurso e se o processo será arquivado”, lembrou o advogado. Raimundo Palmeira declarou que a decisão da juíza não trouxe nenhuma surpresa. O assassinato de Juliana causou revolta em moradores do município de Murici, que organizaram protestos para pedir a prisão dos acusados. A última vez em que foi vista, a menor estava em um bar da periferia da cidade em companhia de Rita de Cássia, Faustinho e Jadson. Segundo relato de testemunhas, Juliana teria ingerido bebida alcoólica e saído do bar com os dois acusados. Dois dias após seu desaparecimento, o corpo da vítima foi encontrado boiando na margem do Rio Mundaú.

Mais matérias
desta edição