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Nº 5759
Polícia

Ladr�es fazem ref�m e tentam roubar BB

CARLA SERQUEIRA Repórter A agência do Banco do Brasil ao lado do Shopping Farol foi alvo de tentativa de assalto ontem, por volta das 9h. Com duas dinamites de 30 centímetros cada grudadas no corpo, a gerente de contas do banco, Maria Albanice Cae

Por | Edição do dia 09/03/2006 - Matéria atualizada em 09/03/2006 às 00h00

CARLA SERQUEIRA Repórter A agência do Banco do Brasil ao lado do Shopping Farol foi alvo de tentativa de assalto ontem, por volta das 9h. Com duas dinamites de 30 centímetros cada grudadas no corpo, a gerente de contas do banco, Maria Albanice Caetano dos Santos, entrou na unidade acompanhada de um assaltante, segundo informações do grupo de operações especiais da Polícia Civil (Tigre). Enquanto isso, três filhos da bancária, um neto de 10 meses, o esposo e a empregada doméstica da família foram mantidos como reféns por outros cinco homens, em sua residência, nas imediações da Avenida Rotary. A casa teria sido invadida pela quadrilha no início da madrugada de ontem. Ao chegar ao banco, dirigindo o seu carro, um Palio prata, Albanice teria respondido com frieza ao cumprimento do vigilante, que estranhou a reação da gerente e resolveu acionar a polícia. A bancária não costumava ir à agência dirigindo seu carro, o que aumentou as suspeitas. Minutos depois, o banco estava cercado por policiais. O assaltante, Fernando Marçal Borges, que se diz natural de Goiânia, foi preso em flagrante, dentro da agência, e levado para a sede do Tigre, no Farol. Com ele foram apreendidas duas armas, sendo uma pistola 380 e um revólver 38. Assustados, a gerente e os demais funcionários da agência, entre eles Neide Caetano, irmã da vítima, receberam assistência médica e foram liberados. O expediente foi suspenso e apenas os caixas eletrônicos funcionaram ontem. O gerente de administração do Banco do Brasil em Alagoas, Ricardo José Câncio Buarque, afirmou que Albanice não tem as senhas do cofre. “Vamos avaliar se houve falhas na segurança preventiva”, disse ele. De acordo com o delegado do Tigre, José Laurentino dos Santos, com o assalto frustrado, os demais seqüestradores fugiram levando a família de Albanice. “Fizemos um acordo com os assaltantes e eles cumpriram. A família foi libertada e localizada na cidade de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, por volta do meio-dia”, disse, sem revelar detalhes do acordo firmado com os bandidos. Laurentino informou apenas que não houve pagamento de resgate. Escoltadas por policiais, as vítimas chegaram à casa da bancária por volta das 17h, sem falar com a imprensa. O irmão de Albanice, Arthur Caetano, disse que seus parentes não foram agredidos e criticou a segurança pública. Hoje, às 8h, uma entrevista coletiva está marcada na Secretaria de Defesa Social, para anunciar detalhes sobre as negociações. ### Assaltantes negociaram com a polícia | GILVAN FERREIRA Repórter A Gazeta teve acesso aos termos das negociações entre a equipe de policiais do grupo especial Tigre e o líder da quadrilha de assaltantes, que comandava as ações do grupo do Recife (PE). As negociações foram tensas, mas após mais de 4 horas de contatos telefônicos, o líder da quadrilha autorizou a libertação dos parentes da gerente de contas do Banco do Brasil, Maria Albanice Caetano dos Santos. A família foi libertada em Pernambuco no começo da tarde de ontem. Em troca, o líder da quadrilha recebeu a promessa de que o assaltante Fernando Marçal Borges, preso em Maceió, não sofreria nenhum tipo de represália dentro da prisão. O assaltante Fernando Borges concordou com o acordo. O advogado Carlos Pedrosa foi contratado pelo bando para acompanhar a prisão do assaltante Fernando Borges, que foi indiciado por seqüestro, formação de quadrilha e tentativa de assalto. O delegado Ariosto Esteves, da Delegacia de Roubos e Furtos de Pernambuco e policiais do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil de Pernambuco, também participaram das negociações. Segundo os policiais que participaram das investigações do assalto e seqüestro da família da gerente do Banco do Brasil, os integrantes da quadrilha são, na maioria, de Pernambuco e teriam envolvimento em assaltos em vários estados do Nordeste. O delegado de Roubos e Furtos de Pernambuco, Ariosto Esteves, não garantiu que os integrantes da quadrilha que agiu em Alagoas teriam como base o Estado de Pernambuco. “Nós acompanhamos o caso do seqüestro e a tentativa de assalto à agência do Banco do Brasil de Alagoas, mas não temos elementos para afirmar que a quadrilha seja aqui de Pernambuco”. Segundo ele, o grupo reservado de inteligência e investigações estava monitorando um deslocamento de integrantes do PCC de São Paulo para os estados de Alagoas e Pernambuco. “A ação que ocorreu aí em Alagoas tem características de ter sido praticada por integrantes do grupo criminoso PCC, inclusive, realizamos prisões de uma facção do comando em Pernambuco”, revelou o delegado Ariosto Esteves. A polícia alagoana também investiga a participação da quadrilha no assalto ao escritório da Usina Camaragibe, ocorrido no último dia 3, no município de Matriz do Camaragibe. O assalto rendeu R$ 514 mil ao bando.

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