Polícia
Marido � acusado de espancar e matar esposa em Arapiraca

| Maikel Marques Repórter Arapiraca - O desempregado José Wilson Ricardo de Farias foi preso ontem de manhã pela Polícia Civil de Arapiraca sob acusação de ter torturado e matado com golpes de faca peixeira sua mulher, Socorro de Brito da Silva, 19. O crime ocorreu ontem a madrugada num terreno baldio no bairro Primavera, a menos de 200 metros do casebre onde o casal morava há seis anos. A mãe da vítima, a dona-de- casa Salete Gonçalves da Silva, disse à Gazeta, com base no testemunho de populares, que José Wilson espancou a filha dela durante a madrugada até decidir arrastá-la para o terreno onde praticou o crime. ?Ele torturou e depois matou minha filha. Sempre foi violento. Ele sempre a espancou desde o início do relacionamento?, denunciou a mãe da vítima. Salete soube do sumiço e assassinato da filha pelo próprio José Wilson, que apareceu na casa dela, em outro bairro da cidade, dizendo-se preocupado com o seqüestro da mulher. ?Disse que um homem invadiu a casa, bateu nele e seqüestrou minha filha?, afirmou. Desconfiada, ela procurou ajuda da Polícia Civil, que entrou no caso e, diante de contradições, passou a desconfiar de José Wilson. Segundo a polícia, José Wilson é o principal suspeito de matar a esposa porque tem histórico de comportamento violento e o ferimento em sua face não condiz com a versão de que tinha sido agredido pelo suposto seqüestrador que teria invadido a casa do casal. ?Ele sempre bateu nela. Ouvíamos com freqüência os gritos de desespero de Socorro o dia todo. E ainda a obrigava a pedir comida para o sustento dele e das duas filhas?, confirmou Fabiana Oliveira da Silva, prima da vítima. O acusado negou ter assassinado a esposa. ?Querem me acusar, mas nego até morrer. A casa foi invadida às 4 da madrugada por dois homens que queriam me pegar. Um me segurou no quarto e outro levou minha esposa para ser morta no terreno baldio?, conta o acusado, que confirmou ter ?batido só uma vez, mas de leve? na face da mulher com quem tem duas filhas: uma de três e outra de cinco anos. No momento do crime, as crianças estariam dormindo ao lado do casal. ?Elas não ouviram nada?, disse a avó.