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Nº 5759
Polícia

Caseiro que matou irm�os � executado

| EDNELSON FEITOSA Repórter O detento Jaelson Oliveira de Melo, 26, condenado por um dos crimes mais bárbaros dos últimos dez anos em Alagoas, foi executado a tiros de pistola calibre 38, num ponto de ônibus em frente ao sistema prisional do Estado, no

Por | Edição do dia 28/03/2006 - Matéria atualizada em 28/03/2006 às 00h00

| EDNELSON FEITOSA Repórter O detento Jaelson Oliveira de Melo, 26, condenado por um dos crimes mais bárbaros dos últimos dez anos em Alagoas, foi executado a tiros de pistola calibre 38, num ponto de ônibus em frente ao sistema prisional do Estado, no Tabuleiro do Martins. Ele cumpria pena em regime semi-aberto na Colônia Agro-Industrital São Leonardo pelo assassinato dos irmãos Lavínia e Ronald Mendonça, filhos do médico Ronald Cabral Mendonça, crime ocorrido em novembro de 1999. Jaelson foi emboscado por dois homens numa motocicleta, que dispararam mais de dez tiros contra o detento, que morreu no local. Apesar de estar bem próximo ao portão de acesso ao presídio, nenhum guarda conseguiu anotar a placa da moto. O crime ocorreu por volta de 7h30. Policiais militares e civis realizaram levantamentos preliminares da ocorrência, que será investigada pelo delegado do 10º Distrito, Denisson Albuquerque. Os irmãos, Lavínia (na época com 28 anos) e Ronald Mendonça (com 22) foram executados por Jaelson, réu-confesso do crime, na madrugada do dia 15 de novembro de 1999. Ele trabalhava como caseiro da mansão do médico e professor universitário Ronald Mendonça, que, no dia da morte dos filhos, estava viajando com a esposa, Nadja Mendonça. As investigações da polícia concluíram que ele matou para roubar, pois deixou o local, logo após o duplo crime, levando objetos de valor da mansão e o carro de Lavínia. Na época, o caseiro confessou ter assassinado Ronald na presença da irmã e que, em seguida, mandou que ela se deitasse para poder executá-la. Jaelson chegou a fazer a reconstituição do crime, revelando em detalhes como matou os irmãos. Passados seis anos da morte dos irmãos, Jaelson passou a cumprir pena em regime semi-aberto, virou evangélico e conseguiu emprego de porteiro num condomínio, no Tabuleiro do Martins. A família de Jaelson recolheu o cadáver no IML sem falar à imprensa. O corpo foi sepultado no cemitério de Atalaia. ### Fugitivo é preso suspeito de crime Logo após o assassinato do caseiro Jaelson Oliveira, um fugitivo do São Leonardo foi preso por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Atalaia, sob suspeita do crime. Natanael Silva de Souza, 29, estava numa motocicleta Honda, 125, vermelha, placa MVA 3177/AL, registrada em nome de Claudemir da Silva Melo, e portava uma pistola Taurus calibre PT 40 (PT 640 Police). Na arma, os policiais encontraram sinais de disparos recentes. Ele foi interrogado sobre o assassinato, mas negou participação no crime. Natanael declarou que trabalha vendendo peixe e que teria comprado a arma três semanas atrás na feira do Passarinho, na Levada, em Maceió. A pistola tem numeração raspada, o que aumenta o crime. O fugitivo foi levado para a Delegacia Regional de Viçosa para ser autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Segundo o inspetor federal José Edson, que comanda a Delegacia da PRF, Natanael responde a processo por roubo, formação de quadrilha, receptação e porte ilegal de arma. Inclusive, ele já tinha sido preso antes por policiais federais, quando realizava o transbordo de uma carga roubada. Natanael confessou ter tido problemas dentro do presídio São Leonardo, onde tentou matar a golpes de estilete outro presidiário. Na manhã de ontem surgiram informações, não confirmadas pela polícia, de que Jaelson estava envolvido em tráfico de drogas dentro do sistema prisional. No entanto, até ontem à tarde, não havia se chegado, ainda, a algum tipo de ligação entre Jaelson e Natanael. As investigações devem ser conduzidas a partir de hoje, pela Polícia Civil.

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