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Nº 5759
Polícia

Pol�cia n�o tem d�vida de culpa de PMs

CARLOS ROBERTS Repórter Os PMs Edilson José Correia do Nascimento, da Radiopatrulha, e Antonio Rita dos Santos, do 4º Batalhão, presos acusados de participação no assassinato do empreiteiro José Maria dos Santos, o “Araújo”, 55, prestaram depoimento

Por | Edição do dia 29/03/2006 - Matéria atualizada em 29/03/2006 às 00h00

CARLOS ROBERTS Repórter Os PMs Edilson José Correia do Nascimento, da Radiopatrulha, e Antonio Rita dos Santos, do 4º Batalhão, presos acusados de participação no assassinato do empreiteiro José Maria dos Santos, o “Araújo”, 55, prestaram depoimento ontem ao delegado Carlos Alberto Reis, na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, no Pontal da Barra. Eles tiveram a prisão temporária prorrogada por 30 dias. Além deles, outro militar, o soldado Jairo Dantas, está preso acusado no crime. Ele depôs no último sábado, 25, e negou participação no assassinato. Também estão detidos a esposa do empreiteiro, Maria José da Silva, a Nena, 29; o ex-segurança Marcelo Santos, o técnico em refrigeração automotiva e dono de dois ferros-velhos, Luiz de Aquino, além de Marciel Gomes da Silva e Alexandre Silva. Já o suposto amigo de Maria José, o fotógrafo José Carlos de Almeida Santos, continua foragido. O PM Edilson José Correia é acusado de contratar os autores do assassinato, a pedido da mulher da vítima. Já Antonio Rita dos Santos é suspeito de fazer parte da quadrilha. Ambos negaram tudo em seus depoimentos ontem. Para o delegado Carlos Alberto Reis, não há dúvida da culpa dos dois na execução do crime. Segundo ele, embora não tenham admitido participação alguma, existem provas materiais e circunstanciais que pesam contra os militares. “Mandei fazer teste de DNA do sangue encontrado no sofá da vítima. Tenho o depoimento da própria mulher do empreiteiro, que dá detalhes da participação do Correia. Portanto, não há como eles continuarem negando”, diz o delegado, que deve pedir a prisão preventiva de todos os envolvidos, assim que o inquérito for concluído. Segundo o advogado Ricardo Soares Moraes, contratado pela Associação de Cabos e Soldados da PM para defender o PM Antonio Rita, seu cliente estava trabalhando, de plantão no minipronto-socorro no bairro do Vergel do Lago, no dia do crime. “Vou pedir a revogação da prisão do meu cliente”, disse. O caso O empreiteiro José Maria foi assassinado no dia 8 de fevereiro com a ajuda da mulher, a sacoleira Nena. Segundo a polícia, ela colocou um medicamento no suco da vítima, para dopar o marido e facilitar a ação dos assassinos, enquanto eles estavam na casa dele, no conjunto Jardim Saúde, Tabuleiro do Martins. Nena teria cortado o fio do telefone para amarrar e asfixiar o marido, que foi jogado numa ribanceira na Forene. Cinco dias depois, ela esteve na Deplan II, no Tabuleiro, para prestar queixa, afirmando que o marido havia sido seqüestrado por pessoas que invadiram a casa, enquanto viajava para Branquinha. O caso foi descoberto depois que o valor acertado pelo crime, R$ 35 mil, não foi pago. A polícia chegou aos suspeitos por meio do PM Jairo, que confessou participação. Nena revelou que a morte foi tramada pelo amigo José Carlos de Almeida. Para a polícia, eles podem ter um caso amoroso, que pode ter sido descoberto pelo empreiteiro. O policial Jairo Dantas teria sido contratado por José Carlos para planejar o crime, praticado pelo ex-segurança Marcelo Santos e o técnico em refrigeração Luiz Aquino.

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