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Nº 5759
Polícia

Dono de pedreira � v�tima de seq�estro

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Por | Edição do dia 29/03/2006 - Matéria atualizada em 29/03/2006 às 00h00

| MARCOS RODRIGUES Repórter A violência sem controle que atinge o Estado fez ontem mais uma vítima. O empresário José Ariel Carneiro Monteiro, 42, foi seqüestrado quando deixava a empresa Pedreira Monteiro, no início da tarde, em seu carro, um Renault Clio Sedan, de cor branca, placas MUW - 0047. Ele foi abordado por dois homens, que inicialmente anunciaram um assalto. Em seguida, mais três se juntaram ao grupo. No final da tarde ele foi liberado e um dos seqüestradores, Cláudio Bezerra dos Santos, foi preso pela polícia. O seqüestro mobilizou a cúpula da Secretaria de Defesa Social. A movimentação dos seqüestradores chamou a atenção de um vigilante da empresa, que avisou o ocorrido à família do empresário. O irmão da vítima, Antônio Monteiro Filho, acionou a polícia que, a partir daí, iniciou um trabalho de inteligência e de perseguição aos seqüestradores, comandado pela cúpula da SDS. O próprio secretário, coronel Ronaldo dos Santos, participou das operações acompanhado dos delegados Antônio Carlos Reis e do diretor de Polícia Civil, delegado Robervaldo Davino. Ontem à noite, após ser resgatado, Ariel contou que foi colocado no banco traseiro do veículo. Alguns metros depois mais três homens entraram no carro e seguiram em direção ao município de Rio Largo. “O tempo todo eles deixaram claro que queriam ficar com o meu carro. Vasculharam minha carteira e retiraram 450 reais. Apenas num momento um deles perguntou se eu tinha dinheiro no banco”, contou a vítima na delegacia. Tensão Ariel conta que ficou mais de três horas em poder dos seqüestradores. Ele disse que chegou a pedir para ser libertado, mas um dos homens, com uma arma encostada em sua barriga, mandou que ele ficasse calado. “Foi um menor que, em tom de ameaça, que disse que se eu continuasse falando e olhando para eles eu poderia morrer”, relembrou Ariel. Nas proximidades do Planalçúcar, no município de Rio Largo, os seqüestradores decidiram sair da pista e seguir por uma estrada de barro. Nesse momento, o empresário foi colocado no porta-malas do veículo. Segundo ele, ouvia a conversa dos seqüestradores e a preocupação deles com o pouco dinheiro encontrado em seu poder. “Um deles indagava como ia ser quando chegassem lá, já que tinham encontrado pouco dinheiro. Depois, eles pararam e me perguntaram se eu tinha dinheiro no banco. Eu disse que não”, acrescentou Ariel. Ariel só foi retirado da mala do carro depois de quase uma hora, porque os seqüestradores não conseguiram engatar a marcha à ré. Pouco tempo depois, Ariel foi libertado numa estrada de barro em meio a uma plantação de cana. Antes, porém, ele ouviu os homens demonstrarem nervosismo ao passar por um carro da polícia. Ao chegar à pista, ele pediu carona e um motorista da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) parou. “Ele me ajudou a encontrar um telefone e consegui avisar minha família”, disse a vítima. Perseguição Como a polícia já estava em perseguição, após a confirmação da liberação do empresário os policiais partiram para fechar o cerco contra os seqüestradores. Ao notar que estavam sendo perseguidos os homens voltaram para uma estrada de barro. Segundo o delegado Antônio Carlos Reis, eles chegaram a trocar tiros com homens do Grupo Tático Integrado (Tigre). “O restante do grupo fugiu, mas nós conseguimos prender o Cláudio que, inclusive, já cumpriu dois anos e meio de pena em Mirandópolis (SP), por roubo de carros”, confirmou o delegado. Um outro envolvido, Diógenes Galdino Silva, 18, já teve sua casa localizada em Rio Largo. A família confirmou o seu envolvimento em delitos. O delegado acredita que a prisão do restante do grupo pode acontecer em breve. O coronel Ronaldo dos Santos disse que os homens chegaram a Maceió no início da tarde, numa Van. “Eles podem fazer parte de uma quadrilha daquela região”, acredita o secretário. Depois de autuado na Deplan II, Cláudio foi levado para a Delegacia de Roubos e Furtos.

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