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Nº 5759
Polícia

Den�ncia contra delegado partiu da PF

BLEINE OLIVEIRA GILVAN FERREIRA Repórteres O delegado Nilson Alcântara terá que explicar a razão do envolvimento de seu nome com policiais flagrados em ação criminosa, em Arapiraca. Ele foi exonerado da Delegacia de Defraudações na última segunda-feira

Por | Edição do dia 30/03/2006 - Matéria atualizada em 30/03/2006 às 00h00

BLEINE OLIVEIRA GILVAN FERREIRA Repórteres O delegado Nilson Alcântara terá que explicar a razão do envolvimento de seu nome com policiais flagrados em ação criminosa, em Arapiraca. Ele foi exonerado da Delegacia de Defraudações na última segunda-feira, depois que os policiais foram presos por suspeita de crime de extorsão. Nilson Alcântara foi denunciado ao comando da Segurança Pública de Alagoas pela Polícia Federal (PF), que recebeu a denúncia de extorsão em Arapiraca, fez a investigação e, por se tratar de um crime da esfera estadual com a participação de policiais civis e militares, encaminhou a denúncia ao diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, e ao diretor-adjunto da Polícia Civil, Roberto Lisboa. O Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO) também foi acionado e acompanhou a operação realizada na última segunda-feira, em Arapiraca. Os juízes devem decidir pelo pedido de prisão dos acusados no crime de extorsão. Eles receberam a informação de que a Delegacia de Defraudações estava sendo utilizada para a prática de crimes, entre eles extorsão, prevaricação e ameaças. Segundo o diretor-adjunto da Polícia Civil, delegado Roberto Lisboa, somente Alcântara pode esclarecer por que os três militares e os dois policiais civis presos na operação em Arapiraca disseram “estar a serviço” da Delegacia de Defraudações. O delegado exonerado está agora à disposição da direção geral da Polícia Civil. Sua nomeação para outra delegacia, especializada ou não, depende de decisão do diretor-geral, Robervaldo Davino, e do Conselho Superior da Polícia Civil. O diretor-adjunto alega não haver qualquer relação entre a exoneração de Nilson Alcântara, publicada ontem no Diário Oficial do Estado, e a operação que prendeu policiais em Arapiraca. Segundo Lisboa, a exoneração teria sido solicitada pelo próprio Alcântara, apresentando como razão o excesso de trabalho. Lisboa disse, ainda, desconhecer qualquer informação relacionada à investigação feita pela Polícia Federal (PF), sobre ações ilegais praticadas pelo ex-delegado de Defraudações. Os policiais civis presos com armas irregulares continuam recolhidos à sede do Tático Integrado de Grupamento de Resgate Especial (Tigre). Já os militares estão no presídio do quartel da PM no Trapiche da Barra. Mesmo admitindo que, como neste caso, militares estão envolvidos em crimes, a coronel Cláudia Maria Silva, da PM, descartou a existência de uma “gangue fardada”, a exemplo do que ocorreu no passado recente.

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