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Nº 5759
Polícia

Fot�grafo � preso e revela detalhes sobre assassinato

MARCOS RODRIGUES Repórter O último acusado de participação na morte do empreiteiro José Maria dos Santos, assassinado dia 8 de fevereiro, foi preso ontem após prestar depoimento. O fotógrafo José Carlos de Almeida Santos, 38, estava foragido des

Por | Edição do dia 30/03/2006 - Matéria atualizada em 30/03/2006 às 00h00

MARCOS RODRIGUES Repórter O último acusado de participação na morte do empreiteiro José Maria dos Santos, assassinado dia 8 de fevereiro, foi preso ontem após prestar depoimento. O fotógrafo José Carlos de Almeida Santos, 38, estava foragido desde o dia em que a trama criminosa foi descoberta pelo delegado Carlos Alberto Reis, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos. José Carlos foi indiciado como um dos autores intelectuais do assassinato. Ao todo, nove pessoas estão presas pelo assassinato. Ontem, a Corregedoria Geral da Polícia Militar liberou as fotografias dos três militares acusados na morte do empreiteiro e reconheceu que eles podem ser expulsos da corporação. Os militares respondem a vários processos administrativos. A Gazeta teve acesso ao xadrez onde José Carlos está recolhido e ouviu dele como o crime foi tramado. Segundo José Carlos, tudo começou no mês de fevereiro, quando ele foi procurado pela esposa da vítima, Maria José da Silva, a Nena, para tratar de assuntos comerciais. Nena é sacoleira e, segundo José Carlos, precisava de um documento que comprovasse sua renda, para trabalhar com cartão de crédito. “Nos encontramos duas ou três vezes. Depois disso, ela voltou a me procurar dizendo que seu marido estava enciumado e prometera me pegar porque suspeitava de algum envolvimento entre a gente”, contou José Carlos, negando qualquer relação amorosa com a mulher do empreiteiro. Segundo José Carlos, a mulher do empreiteiro teria alegado ter sofrido agressão física, que a filha dela teria sido estuprada por José Maria dos Santos e que se José Carlos não a ajudasse, ela iria dizer onde ele morava. “Pouco tempo depois vizinhos viram pessoas estranhas rondando minha residência”, disse José Carlos, alegando ter planejado o crime a partir daí. Ele diz que manteve contato com o policial militar Antônio Rita dos Santos, que teria se recusado a participar da trama, por aguardar uma promoção na corporação, mas que teria repassado o “serviço” para outros dois militares: Jairo Dantas, apontado como o articulador do plano de execução, e Edilson José Correia, que teria acertado o assassinato com o ex-segurança Marcelo Santos e o técnico em refrigeração Luiz Aquino, réus confessos. Pelo crime, segundo José Carlos, os envolvidos receberiam R$ 35 mil. Tanto os militares como Marcelo Santos, Luiz Aquino e a esposa do empreiteiro estão presos pelo assassinato. Também foram detidos Marciel Gomes da Silva, que comprou o veículo Celta que pertencia a vítima por R$ 500, e Alexandre Silva, que comprou cheques do empreiteiro vendidos por Luiz de Aquino. No caso dos militares, eles estão sendo investigados pela Corregedoria da PM e, segundo o corregedor, coronel Cláudio Omena podem vir a perder a farda. “Estamos realizando nossos levantamentos internos e já descobrimos que eles respondem a vários processos administrativos. Se realmente forem culpados serão expulsos sem nenhum direito”, disse.

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